XII Caminho de Santiago da ESVV
Numa altura em que se questiona tudo e em que as escolhas de cada um são escrutinadas ao pormenor, há uma que os finalistas da ESVV tornaram e tomaram como consensual – O Caminho de Santiago.
Como habitualmente, na 1ª hora do primeiro dia de inscrições tivemos de as encerrar porque os interessados em participar, superavam os lugares disponíveis. Sabendo da importância que esta atividade tem para os finalistas e com a experiência acumulada de XI Caminhos realizados, fizemos um último esforço para não deixarmos ninguém em “terra” e com apoio da direção da escola foi possível garantir a participação de todos os interessados. Assim, seis dezenas de finalistas da ESVV repetirão, de forma diferente, os passos dos que connosco realizaram o nosso II Caminho – O Caminho Francês.
O mais interessante da realização d’O Caminho por parte dos nossos finalistas é que tal decisão não é vista como uma moda passageira, porque muitos dos que connosco o foram realizando ao longo desta dúzia de anos, fazem-no posteriormente com outros colegas. Anualmente, constatamos isso através das redes sociais e percebemos que a semente lançada na escola germinou e aquilo que nós entendemos como fundamental para o seu crescimento interior, é posteriormente por eles replicado com colegas a quem querem proporcionar a mesma oportunidade. Na passada semana tive mais um desses exemplos quando alunos que connosco fizeram o IV Caminho – há 8 anos, portanto – me contactaram no sentido de os ajudar a preparar um novo Caminho que pretendem realizar com colegas de trabalho. Também sorri no sábado quando encontrei um grupo de (quase) seniores, colegas de profissão, entre outros, no café junto à ponte de prado, aprestando-se para realizar, nesse dia, O Caminho até Goães com a previsão de nova etapa do dia seguinte a terminar em Ponte de Lima com um…arroz de sarrabulho (porque também é disto que se faz O Caminho). Um dos caminheiros que sempre convidei para connosco integrar O da ESVV disse-me que se arrepende agora de não o ter feito pelo que anda a tentar recuperar o tempo perdido. Um outro deixou-me feliz ao dizer que se encontrava a fazê-lo pela curiosidade que lhe despertavam as crónicas que sempre elaboramos e publicamos dos nossos Caminhos. Segundo ele, queria confirmar, vivenciando.
Há quem se queixe que O Caminho se tornou demasiado comercial. Sentimos isso na dificuldade tida em não aumentar os custos aos participantes este ano. No entanto, também sabemos o valor comercial que nos interessa, a relação custo/benefício, que terá o prato da balança a pender, inexoravelmente, para o benefício. Isto porque temos a certeza que os nossos finalistas irão valorizar o que realmente importa numa atividade desta natureza e, no final, entre muitas outras, teremos mensagens do género desta, de quem connosco fez o V Caminho:
“A partir do primeiro dia O Caminho ensinou-me que… não é apenas caminhar. É sentir o momento, o caminho, ajudar o próximo, dar a palavra amiga, andar na lama e com chuva, subir e descer até cansar, refletir e sobretudo acreditar que somos capazes e vamos conseguir!”