Emily Jane White em Ponte de Lima
10 anos depois, o regresso a Portugal da cantautora norte americana para apenas dois concertos, um deles no Teatro Diogo Bernardes, em Ponte de Lima
Esta sexta-feira, 21 de fevereiro, às 22h00, no Teatro Diogo Bernardes, em Ponte de Lima, Emily Jane White, cantautora norte americana, sobe ao palco do Teatro Diogo Bernardes, em Ponte de Lima, para apresentar um de apenas dois concertos efetuados em Portugal na presente tour, 10 anos depois de ter atuado no nosso país.
Filha de um trabalhador da marinha mercante e de uma professora de ensino especial, Emily Jane White iniciou-se no piano aos 5 anos de idade. Mas, logo cedo percebeu que a educação musical “normal” não seria o ideal para si, preferindo a improvisação ou o “tocar de ouvido”. Aos 12 anos aprende alguns acordes de guitarra com o pai e aos 16 compõe as suas primeiras canções. Termina a faculdade e decide ir viver para Bordéus, regressando algum tempo depois para San Francisco.
Em 2007 edita o seu primeiro disco, “Dark Undercoat”, ao qual se seguiram “Victorian América” (2009), “Ode to Sentience” (2010), “Blood/Lines” (2013), “They Moved in Shadow All Together” (2016) e, no ano passado, “Immanent Fire”.
Especialmente nestes dois últimos álbuns, o estilo musical muito próprio de Emily Jane White foi sendo apurado: ambientes góticos, onde se destacam as guitarras folk e os poemas centrados em temáticas tão diversas como a condição humana, as alterações climáticas ou o racismo e xenofobia.
“Immanent Fire”, o sexto álbum de Emily Jane White, editado no final de 2019, é apresentado em Portugal este ano com atuações em Coimbra e em Ponte de Lima, neste caso, a 21 de fevereiro no Teatro Diogo Bernardes, às 22h00.
A artista passa apenas por dois palcos nacionais no âmbito de uma digressão europeia que também inclui datas em Espanha, França, Itália ou Alemanha.
“Immanent Fire” é o álbum mais recente de um percurso iniciado com “Dark Undercoat”, em 2007, e que tem sido elogiado pela conjugação de folk e indie rock.
“Co-produzido por Anton Patzner e Emily Jane White, ‘Immanent Fire’ consiste em dez tempestades melódicas das quais brotam os vocais de Emily, num equilíbrio entre uma pesada melancolia e um íntimo toque de luz”, descreve a promotora em comunicado.
“White honra o sagrado, o térreo e o feminino, apesar da ameaça dos violentos sistemas de poder contemporâneos. Oferece-nos uma exposição crua da adição e ansiedade que se tornaram normativas. Simultaneamente, traça um caminho alternativo a tudo isto: a reavaliação do feminino, do recetivo, do vulnerável e do emocional. “Immanent Fire” é um regresso ao centro de tudo, é a apreciação da vida em si mesma – que em momentos de desespero omnipresente se torna uma forma de resistência”, acrescenta.