STAL exige “proteção prioritária” para bombeiros voluntários
O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL) exigiu hoje ao Governo “proteção prioritária para os trabalhadores de primeira linha”, nomeadamente para os bombeiros voluntários envolvidos no combate à pandemia da covid-19.
Em comunicado, o STAL critica a “descoordenação e negligência” da parte da Administração Central em assegurar meios de proteção aos trabalhadores de primeira linha, como é caso dos Bombeiros das Associações Humanitárias, e anuncia ter enviado um “ofício ao Governo em que apela à tomada de medidas excecionais”.
No documento, entregue na segunda-feira à secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, o sindicato refere “a inexistência de um plano de distribuição de equipamentos de proteção individual” e considera que a inação da Administração Central neste domínio tem sido parcialmente colmatada pelas câmaras municipais, algumas empresas e pelas próprias corporações de bombeiros.
O STAL defende que perante o “advento da pandemia”, o “Governo deveria ter providenciado à criação de uma reserva nacional, gerida por uma única entidade, designadamente a Proteção Civil, para garantir em tempo útil a proteção destes trabalhadores de primeira linha, evitando que se tornem também focos de transmissão do vírus”.
Segundo a estrutura sindical, “apesar de inúmeros reparos e chamadas de atenção, as medidas orientadoras para os trabalhadores bombeiros ao nível das práticas de redução de contaminação foram divulgadas tardiamente (em 20 de março), só tendo chegado a muitas associações dias depois”.
O sindicato lembra que se registam “vários casos de bombeiros infetados, designadamente em Braga ou em Cascais, onde a respetiva corporação teve de ser encerrada”.