NACIONAL

Praias vão ter lotação máxima com fuzileiros a vigiar e torniquetes à entrada

Está a ser preparado um manual para o regresso das pessoas às praias, a partir do momento em que se comecem a aliviar as medidas de confinamento, e é certo que a entrada dos banhistas vai ser controlada. A Polícia Marítima deverá contar com o apoio dos fuzileiros da Marinha na supervisão das regras e poderá haver torniquetes à entrada para impedir o excesso de pessoas.

O regresso ao novo normal está a ser preparado em diversos sectores da sociedade e da economia portuguesa. E quando se aproxima o Verão, a forma como se vai controlar o regresso das pessoas às praias está a preocupar as autoridades, fruto dos desafios que oferece.

A coordenadora nacional do programa Bandeira Azul da Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE), Catarina Gonçalves, avança, desde já, em entrevista à Rádio Observador, que as praias vão ter uma lotação máxima, salientando que as pessoas terão que cumprir as normas da Direcção-Geral da Saúde (DGS) quanto ao distanciamento social.

O uso de máscaras pelos banhistas “vai ter de ser regulamentado”, refere ainda a responsável, notando que deverá ser obrigatório no âmbito da frequência de restaurantes e bares de praia.

As autoridades estão ainda a discutir como será feito o controlo das pessoas às praias. Em cima da mesa está a analisar-se a possibilidade de “colocação de torniquetes” à entrada para contar o número de pessoas no areal, impondo uma lotação máxima, como apurou o Correio da Manhã (CM) junto de fonte conhecedora do processo.

O CM acrescenta que GNR, PSP e Polícia Municipal também deverão controlar os acessos dos carros às praias, com o bloqueio de estradas e/ou de estacionamentos, bem como com o controlo dos transportes públicos, designadamente comboios e autocarros, que são usados por muitas pessoas para se deslocarem às zonas balneares.

A situação pode colocar diversos constrangimentos a quem quer deslocar-se à praia, bem como às autoridades, não sendo de fácil controlo, como admite a fonte referida ao CM.

“Podemos estabelecer um número máximo de pessoas em determinada praia, calculando pela sua área segura [longe das arribas e acima da maré alta]. Mas e se as pessoas, como costume no Algarve, nadarem de uma praia para outra? Não podemos ter um polícia e uma lancha em cada praia”, questiona esta fonte conhecedora do processo.

Especula-se ainda a possibilidade de implementar medidas para os cidadãos saberem, antes de saírem de casa, para que praias podem deslocar-se, em função de eventuais lotações esgotadas.

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