Quem deve fazer o teste da COVID-19?
As pessoas com suspeita de COVID-19 devem ser submetidos a teste laboratorial, segundo a orientação da Direção-Geral da Saúde. A decisão da realização do teste só é válida após a avaliação clínica dos profissionais de saúde que estão habilitados para a fazer.
Por que é importante fazer o teste?
O teste permite que as pessoas possam ter a confirmação se estão, ou não, infetadas. Isto pode ajudá-las a receber os cuidados que necessitam, mas também a tomar as medidas para não infetarem outras pessoas, ou seja colocarem-se em isolamento.
Os testes são seguros e fiáveis?
Sim. Os testes utilizados em Portugal são os recomendados pelas autoridades de saúde internacionais, quer pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC), quer pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Que tipo de testes existem?
No mercado existem essencialmente dois tipos de testes:
Teste rápido (PCR): teste diagnóstico que usa material biológico das secreções nasais da orafaringe profunda;
Teste serológico (anticorpos), para avaliar a resposta imunitária, mediante uma colheita de sangue, após a fase de contágio em comunidade e com a diminuição da curva do surto.
Teste diagnóstico de COVID-19, realizado através de colheita de amostras do nariz e garganta (trato respiratório superior).
É recolhida uma amostra de produto (exsudado) nasal (nasofaringe) ou da parte posterior da garganta (orofaringe), ou ambas, usando uma “espécie de cotonete” (zaragatoa).
O teste permite que as pessoas possam ter a confirmação se estão, ou não, infetadas. Isto pode ajudá-las a receber os cuidados que necessitam, mas também a tomar as medidas para não infetarem outras pessoas, tomando medidas de isolamento.
O teste diagnóstico de COVID-19 pode ser realizado nos seguintes locais:
– laboratório de referência nacional – Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA)
– laboratórios hospitalares capacitados para o efeito
– rede de laboratórios privados creditados e outros postos de colheita (como o Drive Thru)
Testes Serológicos são feitos no sangue e não identificam o vírus em si, mas a resposta imunitária que o nosso sistema imunitário instalou contra o vírus. Ou seja, as pessoas que já foram infetadas e foram consideradas curadas vão ficar com a memória do vírus dentro de si porque o sistema imunitário criou anticorpos para lutar contra a infeção e memorizou essa “batalha”.
Manuel Santos Rosa, imunologista e professor catedrático da Faculdade de Medicina de Coimbra salienta que “Estes testes só examinam dois tipos de anticorpos. Só é possível saber se a pessoa teve contacto com o vírus e se foi há muito ou pouco tempo, não é mais do que isto.” Lembra ainda que “não se pode dizer que a pessoa ficou imunizada” ou não, porque ainda não se sabe a quantidade de anticorpos necessários para isso. Assim como também ainda se desconhece se uma pessoa fica imune e porque quanto tempo e se a carga viral que tem “pode ou não infetar outra pessoa”. Daí, não ser oportuna a realização deste tipo de testes, no atual momento.
Para mais informações consulte https://www.sns24.gov.pt/guia/teste-covid-19/
Alice Magalhães
Espec. Enfermagem Comunitária e de Saúde Pública
Unidade de Saúde Pública
ACeS Cávado II – Gerês / Cabreira