SASUM lideram projeto de um milhão de euros para desmaterialização e reforço da eficiência
Os Serviços de Acção Social da Universidade do Minho (SASUM) acabam de ver aprovada uma candidatura, no montante global de um milhão de euros, com vista à desmaterialização das senhas das cantinas e ao reforço da eficiência produtiva e dos processos de gestão.
Os SASUM são a entidade líder do projeto, levado a cabo em parceria com os Serviços de Acção Social da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (SASUTAD), que visa aumentar a eficiência dos modelos de gestão internos das Instituições e, simultaneamente, promover a sustentabilidade em todos os processos produtivos.
O projeto, denominado POCER – Programa Operacional de Capacitação e Eficiência de Recursos, teve luz verde por parte da AMA – Agência para a Modernização Administrativa e conta com um orçamento global de 998 874 mil euros para cinco áreas estratégicas de atuação.
Três fases de intervenção
Numa primeira fase, a aposta vai para a implementação de um processo de desmaterialização das senhas de cantina, através do desenvolvimento de uma aplicação móvel, de maneira a, por um lado, tornar o processo mais simples para toda a comunidade académica e, por outro, potenciar o aumento da eficiência dos processos inerentes à sua gestão administrativa, contabilística e financeira. Através deste sistema, será possível erradicar o papel, reduzir o desperdício alimentar e libertar trabalhadores para outras áreas de atuação de maior valor acrescentado.
A segunda área de atuação prende-se com o desenvolvimento de um projeto-piloto de modernização dos acessos às residências universitárias, passando este a ser feito de forma totalmente digital. Deste modo, espera-se simplificar o processo de entrada e circulação de todos os estudantes alojados nestes equipamentos e, simultaneamente, aumentar a segurança e a celeridade na resolução de situações anómalas que possam surgir.
A terceira área de atuação centra-se na revisão e modernização dos meios de interação com a comunidade académica, estando previsto o desenvolvimento de uma plataforma através da qual os estudantes terão ao seu dispor todos os serviços disponibilizados pelos SASUM. Para além disto, a plataforma permitirá ainda uma melhor interação interna entre departamentos e potenciará a comunicação entre os Serviços e os seus stakeholders.
Outro dos objetivos prende-se com a revisão de todo o modelo logístico, desde a receção de mercadorias até à venda do produto final ao consumidor, de forma a identificar oportunidades de melhoria nos processos e alcançar ganhos financeiros e sociais, ao mesmo tempo que se melhora o serviço de atendimento à comunidade académica.
Finalmente, a última área de atuação em que se prosseguirá a desmaterialização de processos e procedimentos contabilísticos-financeiros dos Serviços, permitindo aumentar a eficiência de tratamento dos mais diversos tipos de dados e, simultaneamente, mitigar a pegada ambiental da Organização.
Ganhos na eficiência
António Paisana, Administrador dos SASUM, refere que “este é um programa que permitirá, para além dos ganhos de eficiência, aumentar a qualidade do serviço prestado e os níveis de motivação dos trabalhadores”. Na sua perspetiva, a “economia digital é uma inevitabilidade e os Serviços têm de assumir esse desígnio e promover essa transformação atempadamente”.
Por sua vez, Diogo Arezes, do Gabinete de Sustentabilidade, destaca o facto “de este ser um programa que, para além das poupanças económicas e financeiras resultantes de uma maior eficiência de processos, permitirá aos Serviços obter também fortes ganhos a nível ambiental e social”.
O projeto, com uma duração de 24 a 36 meses, tem uma taxa de financiamento de 85%, que será repartida entre os dois Serviços de Ação Social, da Universidade do Minho e da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.