NACIONAL

Movimento cívico apresenta 10 medidas urgentes para reforçar o SNS

Um grupo de cidadãos criou o movimento cívico #SOSSNS, que apresentou hoje 10 medidas urgentes na área da saúde em Portugal como atribuir, num ano, médico de família aos 700 mil cidadãos que ainda não o têm.

O novo movimento, que se diz apartidário e aberto a toda a gente, foi hoje apresentado em conferência de imprensa em frente ao Hospital de Santa Maria, em Lisboa, com a presença dos bastonários das Ordens dos Médicos e dos Farmacêuticos, e de representantes de associações de doentes e dos estudantes de Medicina e de Ciências Farmacêuticas.

“São medidas que há muitos anos estão a ser propostas não só pelos profissionais, pelas associações de pessoas que vivem com a doença, pelos agentes políticos e que têm sido debatidas de forma muito alargada pela sociedade portuguesa, mas tardam em concretizar-se”, afirmou a bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, Ana Paula Martins.

As medidas hoje apresentadas passam por “aumentar o acesso a todos os cuidados de saúde” e através de um “programa excecional” recuperar num ano a atividade prejudicada pela covid-19 e cumprir os Tempos Máximos de Resposta Garantidos em todas as especialidades.

Outra das medidas propostas é no prazo de seis meses aperfeiçoar a integração entre cuidados de saúde de proximidade e hospitalares, encurtando o tempo de espera de doentes prioritários e evitando idas desnecessárias aos hospitais.

Integrar e expandir a hospitalização domiciliária, capacitar e organizar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) para ter como resposta complementar, em situações específicas, a medicina à distância, monitorizar com mais frequência alguns doentes crónicos, garantir a proximidade na dispensa de medicamentos e o acesso à inovação terapêutica e tecnológica são outras medidas defendidas no manifesto.

O movimento propõe ainda o “projeto 10 milhões de Portugueses – mais literacia, mais prevenção, mais participação”, reorganizar os serviços hospitalares em unidades de cuidados integrados e centros de responsabilidade integrados e um aumento do financiamento do SNS na ordem dos 7,5% ao ano, nos próximos cinco anos.

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