Santa Casa da Misericórdia de Amares recolhe material ortopédico para reciclar
A Santa Casa da Misericórdia de Amares é um dos três pontos de recolha nacionais de materiais ortopédicos e geriátricos para que sejam higienizados, recuperados e, posteriormente, vendidos.
A instituição amarense faz parte de um projeto nacional, onde estão, também a Junta de Freguesia da Cordinhã, em Cantanhede e Estrutura Residencial para Idosos de Vila Viçosa, em Évora.
O Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC) vai reparar e certificar equipamentos ortopédicos e geriátricos em segunda mão para serem reutilizados, no âmbito do projeto FLIP Cordinhã.
O projeto, promovido pela Junta de Freguesia da Cordinhã, de Cantanhede, visa a recuperação e reutilização de equipamentos ortopédicos e geriátricos para combater o desperdício e torná-los mais acessíveis à população.
“Professores e investigadores do Departamento de Mecânica e de Eletrotécnica do ISEC irão avaliar e, se for o caso, reparar toda a parte elétrica e mecânica dos produtos, para que, posteriormente, possam ser reutilizados e entregues a pessoas com dificuldades locomotoras”, explica Mário Velindro, presidente do ISEC.
Segundo o dirigente, trata-se de mais “um passo dado pelo ISEC no compromisso já assumido com os princípios da economia circular, em linha com a constante preocupação [do instituto] em colocar a engenharia ao serviço da sociedade”.
O projeto FLIP Cordinhã foi desenvolvido no âmbito do programa JUNTAR+, que visa a implementação de soluções locais de economia circular, promovido pelo Ministério do Ambiente e Transição Energética.
Entre mais de cem candidaturas, foi o quinto melhor a nível nacional, contando com a parceria do ISEC, da THE LOOP COMPANY, da Associação Nacional de Gerontologia Social e da Associação de Desenvolvimento da Economia Social.
“O Fundo Ambiental já atribuiu 25 mil euros à Freguesia da Cordinhã para promover a Economia Circular, através da reutilização de equipamento de ortopedia pesada e material geriátrico”, refere Pedro Carrana, presidente da Junta de Freguesia.
O autarca pretende que este serviço “melhore a condição de vida dos cidadãos, nomeadamente dos idosos, através do acesso a equipamentos reutilizados e, por isso, mais económicos, mas sujeitos a um sistema rigoroso de controlo de qualidade, garantido pelo ISEC”.