Vila Verde deu a conhecer os resultados do projeto educativo “Aprender a Ser com Competências Transversais”
O Salão Nobre dos Paços de Concelho de Vila Verde recebeu a sessão de encerramento do Projeto “Aprender a Ser com Competências Transversais”, integrado no Plano Integrado e Inovador de Combate ao Insucesso Escolar (PIICIE).
O projeto chegou agora ao fim e os vários intervenientes apresentaram o percurso de intervenção desenvolvido nas várias ações e os principais resultados gerados.
Coube à Vereadora da Educação, Cultura e Ação Social, Júlia Fernandes, conduzir a reunião que contou com a participação do Presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, António Vilela, do Primeiro Secretário da CIM Cávado, Rafael Amorim, dos Diretores dos Agrupamentos de Escolas de Prado, Moure e Ribeira do Neiva, Vila Verde e o Diretor da Escola Secundária de Vila Verde, de Ricardo Pinto e José Martins, da Universidade do Minho, responsáveis pelo Programa Hypatiamat, da professora Ana Paula Guerra, da Escola Secundária de Vila Verde, Pedro Rosário, da Universidade do Minho, responsável pelo Programa Tutorias Autorregulatórias, António Batista, Consultor do PIICIE do Cávado e das equipas técnicas da Divisão de Educação do Município e da CIM Cávado.
A Vereadora da Educação começou por referir que “este projeto esteve no terreno nos anos letivos 2017-2018, 2018-2019 e 2019-2020, em todos os Agrupamentos de Escolas e na Escola Secundária de Vila Verde e integrou as seguintes ações: Competências Digitais, Prevenção+ Literacia, Pratico e Aprendo no Espaço Casa e Monotorização e Avaliação”, destacando-se “como principais resultados de intervenção e níveis de execução deste projeto, ao longo dos anos letivos de 2017 a 2020, a implementação de 92.90% das medidas previstas e o envolvimento global de 2063 alunos nas atividades de combate ao insucesso escolar”.
O diretor do Agrupamento de Escolas de Moure e Ribeira do Neiva foi o primeiro a elogiar o projeto “implementado em todos os níveis de ensino”. Segundo Armando Machado tanto no pré-escolar como no primeiro ciclo, o desafio passou por executar programação com robôs, jogos de lógica e foram construídos 56 legos.
Um protocolo com uma empresa permitiu a criação de uma sala de tecnologia e arte. “As sementes estão lançadas para o futuro”, referiu ainda.
Luís Martins, do Agrupamento de Escolas de Prado, onde foram desenvolvidos dois projetos referiu “as atividades desenvolvidas como impactante” e a aquisição de tablets como um dos segredos para o desenvolvimento e aceitação do projeto.
Também dois projetos foram concretizados pelo Agrupamento de Escolas de Vila Verde. Alberto Rodrigues não tem dúvidas em afirmar que “o trabalho desenvolvido vai permanecer no futuro”, destacando o ‘Espaço-Casa’ onde foram realizadas um “sem número de atividades transversais que tornaram a escola ainda mais inclusiva”.
Na Secundária, João Graça destacou os centros de apoio à aprendizagem, inicialmente pensados para educação inclusiva, que “saíram reforçados com um conjunto de materiais colocados à disposição da escola. Percebeu-se que seriam espaços com atividades para todos e não só para a educação inclusiva. Para João Graça, “atividades como este que criam um novo paradigma na escola”.
Júlia Fernandes reforçou, depois disto, que “o projeto, na sua globalidade teve impactos muito positivos na diminuição da taxa de retenção e desistência, bem como, na taxa de alunos com níveis negativos”.
A finalizar a Vereadora da Educação salientou que “a nível qualitativo, destaca-se o facto das ações se centrarem em fatores de promoção e reforço do sucesso escolar desenvolvendo competências alterais à aprendizagem (soft-skills) e competências cognitivas. Focaram-se, também, na diferenciação positiva da abordagem a dificuldades específicas de aprendizagem”.
De realçar que as várias ações desenvolvidas neste projeto foram consideradas boas práticas inovadoras e diferenciadoras quer a nível local, quer regional, nacional e internacional, não apenas pelos resultados obtidos, mas também pelas sinergias potenciadas.
Note-se que este projeto foi cofinanciado a 85% pelo Fundo Social Europeu e Programa Regional Norte 2020.