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Movimento “Sempre os mesmos a Pagar” promove protesto em Famalicão

No âmbito de uma jornada nacional de ações, o Movimento “Sempre os mesmos a Pagar” promoveu um protesto em Vila Nova de Famalicão contra a especulação e o aumento do custo de vida.

A comunicação social já fez anunciar que os portugueses gastaram nos primeiros quatro meses do ano 3324 milhões de euros no retalho alimentar, mais 69 milhões (2,1%) do que em igual período de 2021. Em Março a subida foi de 3,7% e em Abril de 5,7%. Situação que se agrava com mais um anúncio do aumento do preço dos combustíveis.

“Importa agora, mais do que nunca, combater esta escalada dos preços especulativos e responder aos problemas que afetam a população”, diz José Carlos Ferreira um dos organizadores.

Num período em que o aumento do custo de vida acelera e “não se verifica vontade política para travar esta especulação, exige-se: travar o roubo que está a acontecer nas bombas de gasolina e hipermercados. É preciso fixar os preços de bens essenciais, em particular dos alimentos e dos combustíveis; tributar a energia a 6% de IVA e não a 23%; o aumento dos salários, das reformas e das pensões; que os lucros das grandes empresas sejam transferidos para um fundo nacional de combate à crise e defender os pequenos comerciantes para que aguentem manter os seus negócios em funcionamento”.

José Carlos Ferreira acrescenta: “queremos justiça, queremos viver com dignidade, não queremos pagar a fatura de uma crise que não causamos. Nos primeiros 3 meses de 2022, em lucros, a Galp acumulou 155 milhões euros, a Jerónimo Martins 88 milhões, a SONAE 42 milhões, a EDP renováveis 66 milhões e a banca 617 milhões euros”.

Por isso, “as pessoas e quem trabalha têm direito a uma vida digna. Não é aceitável que alguns continuem a ganhar milhares de milhões à conta das desgraças do mundo e dos sacrifícios do povo”.

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