PS de Nogueira, Fraião e Lamaçães aguarda conclusões de auditoria sem nervosismo
“Pode a coligação PSD/CDS/PPM (que governou a União de Freguesias até 2021) de Nogueira, Fraião e Lamaçães ler da esquerda para a direita ou da direita para a esquerda, mas é verdade que faltam 11.418 euros nos cofres da autarquia”, asseguram os eleitos socialistas na Assembleia de Freguesia.
Num comunicado onde apresentam a sua versão dos factos, os socialistas falam em mais duas verdades neste processo.
A segunda verdade, por unanimidade dos eleitos PS, PSD/CDS/PPM, BE, CDU e IL, “é que a auditoria foi remetida pela Assembleia de Freguesia da União para análise do Ministério Público e do Tribunal de Contas”.
“Como não há duas sem três”, a terceira verdade, a apurar pelo Tribunal de Contas, “consiste em saber o que é feito de mais de 6.167,57 euros (para além dos 11.418 euros) que os eleitos do PSD/CDS/PPM na despesa como sendo uma operação de tesouraria dos CTT”.
A antecipação a qualquer decisão da Assembleia de Freguesia, “através de comunicado acanhotado para a comunicação não escondeu o nervosismo que estes números causam nas hostes do PSD/CDS/PPM”.
A auditoria da JMMsroc aponta irregularidades na contratação pública de bens e serviços, bem como a falta de organização e de documentação que “explicam a real situação”, acrescentam os autarcas socialistas de Nogueira, Fraião e Lamaçães.
Esta auditoria não procurou constatar erros e irregularidades do anterior executivo, liderado por Goretti Machado, mas “dar corpo ao princípio da lealdade e transparência face a quem confiou em nós. Os erros dos que nos antecederam são lições para os eleitos do PS”.
Os eleitos socialistas louvam o comportamento da Junta de Freguesia da União porque, “face às divergências, incongruências e más práticas descobertas”, não quis “alhear-se destes factos fundados na inexistência de um arquivo sistemático e atualizado do processo de despesas” ou “realização de despesas não suportadas por documentos justificativos e inexistência de manual de procedimentos”.
Nesse sentido, dizem os autarcas socialistas, foram “detetados pagamentos em excesso de obras públicas, não aplicação de lei dos compromissos e ausência de publicação de contratos” bem como o “desrespeito das regas de contratação pública”.
Os eleitos do PS na Assembleia de Freguesia da União de Nogueira, Fraião e Lamaçães aguardam serenamente as decisões do Ministério Público e da Tribunal de Contas, porque não querem exibir “armas de arremesso político partidário, absolvições ou condenações na praça pública, que não fomentamos, mas servir os interesses dos que confiaram em nós, sem desresponsabilizar quem nos antecedeu”.