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Centro de Estudos Mirandinos apresentou o livro ‘Repensar Sá Miranda e o Renascimento’

A Biblioteca Municipal de Amares acolheu, no passado sábado, a apresentação do livro “Repensar Sá Miranda e o Renascimento”. A publicação reúne as comunicações (diferentes e interessantes perpetivas) apresentadas no Colóquio Internacional “Repensar Sá Miranda e o Renascimento” (realizado a 20 e 30 de abril de 2021), um memorável encontro científico promovido pelo Centro de Estudos Mirandinos (CEM), com o intuito de revisitar a obra do poeta do Neiva nas suas múltiplas dimensões.

A obra editada pelo CEM/Município de Amares foi organizada por, Sérgio Guimarães de Sousa, Luciana Braga e Anabela Costa.

Coube ao Diretor do Centro de Estudos Mirandinos, Sérgio Guimarães de Sousa, fazer a apresentação desta publicação, que resumiu como sendo mais uma forma de mostrar que os estudos mirandinos surgiram e despertaram o interesse de grandes nomes académicos e científicos.

“Esta publicação é pensar a obra de Sá de Miranda, é escrutinar novas leituras, novas perspetivas, novos entendimentos. Trata-se de uma abordagem mais profunda sobre a obra do poeta”, mencionou. “Foi isso a que desafiámos quando realizámos o primeiro colóquio internacional e que agora aqui se encontra registado. Felizmente, o colóquio foi bastante participado e mereceu a atenção de um público alargado. E isso foi muito bom. Permitiu a realização de um segundo encontro científico nos mesmos termos e também com assinalável sucesso. Ou seja, o CEM conseguiu, em pouco tempo, afirmar-se como um centro de investigação dinâmico e credível, como o lugar privilegiado, tanto no nosso país como no estrangeiro, para aprofundar o estudo de Sá de Miranda”, sublinhou.

CEM redinamiza estudos mirandinos
Sérgio Guimarães recordou a este nível todo o trabalho que tem vindo a ser feito pelo CEM (instituição de investigação integrada na estrutura da Câmara Municipal de Amares) com sede na Biblioteca Municipal Francisco de Sá de Miranda.

“Em três anos promovemos a releitura e a revisão científica da obra de Sá de Miranda como provavelmente não terá acontecido nas últimas décadas. Notava-se em torno de Sá de Miranda, e infelizmente também se continua a notar em torno de outros vultos literários, algum défice em termos de investigação. O CEM, em certo sentido, veio redinamizar os estudos mirandinos, que, ainda recentemente, beneficiaram de uma sorte imensa: duas edições da obra completa da obra do poeta. Uma a cargo do CEM e outra publicada pela Imprensa Nacional. É uma sorte imensa esta redescoberta de um poeta tão valioso e fundamental como Sá de Miranda”.

Quanto ao futuro, o CEM vai procurar editar as atas do segundo colóquio internacional, está a ser preparado um vídeo com leituras de textos mirandinos por pessoas das mais variadas áreas e idades e para o ano avizinha-se a nova edição do Prémio Literário Francisco Sá de Miranda, entre outros projetos entre mãos.

Trabalho em torno de Sá de Miranda dá frutos para o futuro
O Vereador Vítor Ribeiro, em representação do Município de Amares (padrinho do CEM), sublinhou a importância de “marcar” momentos que ficam para a história. E este colóquio internacional que agora se reflete nesta publicação a par de todo o excelente trabalho que tem vindo a ser realizado pelo CEM em torno de uma personalidade impar das letras é na opinião do vereador algo que faz muita falta, que começa a ter visibilidade e deve ser reconhecido.

Vítor Ribeiro deixou, neste sentido, uma palavra de agradecimento e apoio a toda a equipa do centro de estudos mirandinos.

Isidro Araújo anterior Vereador da Cultura do Município de Amares e que esteve na génese da criação do CEM reforçou que “em tão pouco tempo tem sido feito um trabalho gigantesco em torno da figura e da obra de Sá de Miranda e esta publicação é disso um exemplo”.

“Os maiores nomes sobre o renascimento estiveram a pensar sobre o Sá de Miranda e a dizer o que pensam sobre Sá de Miranda e a sua ligação ao renascimento, porque no fundo ele é o pai do renascimento, e isso é simbólico do grande trabalho que está a ser feito por esta equipa. Este colóquio, nesta obra descrito, acreditou mais de 70 pessoas de todo o mundo em formação contínua de professores do secundário o que é notável”, concluiu deixando uma chamada de atenção para que se passe a “valorizar” a cultura e as letras e aquilo que por elas é feito.

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