PSD-Guimarães quer Plano Estratégico para o Desenvolvimento Económico do concelho

O líder do PSD-Guimarães, Ricardo Araújo, defendeu, hoje, a “urgente a elaboração e implementação de um Plano Estratégico para o Desenvolvimento Económico” do concelho “que tenha como desígnio afirmar Guimarães como uma Cidade de Inovação”.

Notando que Guimarães tem perdido competitividade, atração de investimento e lidera o crescimento do desemprego, Ricardo Araújo sublinhou a urgência do plano estratégico e da criação da Agência para o Desenvolvimento Económico de Guimarães, “a entidade que o possa implementar, dotada dos recursos técnicos e humanos especializados, que inclua um gabinete de apoio ao empresário e permita uma relação direta, rápida e flexível entre a autarquia e o mundo empresarial”, sustentou.

“Temos que transformar Guimarães num concelho atrativo para as empresas, que aposta no desenvolvimento económico para criar mais empregos qualificados, elevar a remuneração média dos vimaranenses, melhorar a sua qualidade de vida, atrair e fixar talento”, defendeu o líder da secção do PSD-Guimarães, em conferência de imprensa.

Para que tal aconteça, Ricardo Araújo reclama a “urgente elaboração e implementação de um Plano Estratégico para o Desenvolvimento Económico” do concelho, rapidamente operacionalizado através da criação da Agência para o Desenvolvimento
Económico de Guimarães. Deste modo, o líder do PSD-Guimarães quer ver rapidamente alterado “o insucesso da política económica do Município”, caraterizado pela perda de competitividade do concelho que lidera o crescimento do desemprego.

“Infelizmente, há muitos anos tem vindo o PSD a alertar para a perda de atratividade do nosso concelho, que em grande medida se deve à ausência de atuação da Câmara em criar condições para atrair investimento e apoiar as empresas locais a expandirem os seus negócios”, lamentou Ricardo Araújo, reclamando “uma real e efetiva política municipal estratégica para o desenvolvimento económico e a inovação”.

Perante um concelho confrontado com “a perda de investimento e a perda de postos de trabalho”, Ricardo Araújo considera inadiável a criação da Agência para o Desenvolvimento Económico de Guimarães que operacionalize o Plano Estratégico para
o Desenvolvimento Económico do concelho, “dando respostas às seguintes questões: Como apoiar as empresas e indústrias tradicionais implantadas em Guimarães, em particular nos setores do Têxtil, Calçado e Cutelarias? Como promover a diversificação da economia vimaranense e o seu tecido industrial? Como aumentar a competitividade de Guimarães e colocar o concelho no radar do investimento nacional e internacional? Como estimular o empreendedorismo, a incorporação da inovação e do conhecimento produzido nas Instituições de Ensino nas empresas e a fixação de talento?” Paralelamente, urge acrescentar às marcas tradicionais da História e Património a Inovação.

“Temos de ser uma ‘Cidade de Inovação’, a inovação e criatividade na indústria, incluindo nas indústrias tradicionais, nos diferentes setores da economia do conhecimento, mas também a inovação e criatividade artística e cultural. A inovação capaz de criar valor acrescentado, capaz de atrair, fixar talento e ser motor para aumentar os salários e o rendimento médio disponível da nossa população. A inovação capaz de transformar o nosso concelho num território inteligente e sustentável, que melhore a gestão pública, cada vez mais racional e assente na recolha e tratamento de dados”, defendeu Ricardo Araújo.

Sublinhando não se limitar “a identificar o que está mal e a criticar a governação autárquica socialista”, mas estando “acima de tudo empenhados e comprometidos com a elaboração e apresentação de propostas e soluções para Guimarães e para os
Vimaranenses”, o líder do PSD-Guimarães apresentou o contributo do partido numa proposta com 10 Eixos prioritários, 10 Objetivos e um conjunto de medidas concretas que, entre muitos aspetos, defende o apoio às indústrias tradicionais e a diversificação industrial, mas também a adoção de “uma política fiscal que transforme Guimarães num concelho fiscalmente amigo do investimento”.

Além disso, o PSD-Guimarães exige “medidas imediatas que protejam as empresas, mas acima de tudo as pessoas, os trabalhadores”, reclamando que “o Município exija do Governo um programa imediato para este setor e região que suporte parte dos salários dos trabalhadores parados em resultado de diminuição do volume de encomendas e assim reduzir a necessidade de as empresas recorrerem ao despedimento ou ao layoff”, entre outras medidas.

Deve ainda o município de imediato identificar as bolsas de famílias mais afetadas pelo desemprego emergente nos setores mais tradicionais e atuar no apoio direto a essas famílias, garantindo “um acesso rápido e eficaz aos mecanismos de apoio do IEFP e Segurança Social, assegurando capacidade e qualidade de resposta destes organismos públicos”.

Neste contexto, Ricardo Araújo anunciou também que o PSD de Guimarães vai dedicar o próximo trimestre à Economia, Empresas e Inovação. “Ao longo dos próximos meses, vamos visitar empresas, reunir com empresários, trabalhadores, associações e sindicatos do setor, entidades formadoras, centros de investigação. Queremos discutir e analisar com eles estas preocupações, mas principalmente construir em conjunto estas e outras soluções para o futuro de Guimarães”, suportou.

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