Jovens dão ‘voz’ a exposição sobre discriminação e desigualdades em Vila Verde
A adega cultural de Vila Verde foi o local escolhido, por causa do mau tempo, para acolher uma mostra com trabalhos de investigação e partilha de sentimentos e expressões de jovens. Fotografias com QR Code e um manifesto dão voz aos jovens no combate à discriminação e rumores antissociais, fomentando a inclusão e construir pontes interculturais.
Nesta exposição é possível ver tanto os retratos como as fotografias tiradas pelo grupo de jovens, havendo um QR code com a voz dos participantes dando conta das suas motivações para a realização das fotos.
Na apresentação, os jovens da APPACDM dançaram ao som de uma música ‘inclusiva’ e o vereador da Ação Social, Manuel Lopes, presidiu à abertura da exposição. “Vila Verde tem como premissa integrar o melhor que pode os cidadãos”, acrescentando que “são pequenos gestos como este em que os intervenientes no processo são os atores mostrando que o que fazem tem valor para a sociedade”.
O Vereador salientou “a rede muito grande de parcerias com os quais todos colaboram, estão de mãos dadas no trabalho para aqueles que mais necessitam”.
Integrada no Projeto NET-IDEA (Network of European Towns for Interculturalism, Diversity, Equality & Anti-Discrimination), A exposição ‘Vozes Visuais: Retratos de Pertença’ “dá voz e espaço a um grupo de jovens de Vila Verde, no sentido de perceber o que têm a dizer no que diz respeito ao seu sentimento de pertença, inclusão e identidade”, referiu Eva Calado, da Rede Portuguesa de Cidades Interculturais.
Esta exposição inspira-se nos resultados do evento ‘Juventude Anti-Rumores 2023” e de uma posterior atividade de photovoice realizada com jovens do concelho de Vila Verde, em parceria com o Centro Comunitário de Prado, da Delegação de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa. O objetivo foi encontrar os pontos de pertença dos jovens na comunidade, assim como as falhas nesta relação. Pretende-se, assim, contribuir para uma reflexão local sobre identidade e como se pode promover uma cidade à qual todas as pessoas sentem que pertencem.
Eva Calado explicou, ainda, que “a mostra é o resultado de um projeto europeu, com a participação de três cidades portuguesas, Braga, Vila Verde e Santa Maria da Feira, e as conclusões finais estão marcadas para o próximo mês na Suécia e onde parte desta exposição estará patente.
