Uma empresa ligada ao setor das termas quer investir seis milhões de euros na requalificação das Ternas de Caldelas, em Amares. Os imóveis já estão na posse da autarquia, e segundo apurou o ‘Terras do Homem’, junto de fonte ligada à empresa, a proposta já chegou ao Município.
O contrato de concessão que será assinado entre a empresa e a câmara está a ser ultimado e deverá ser apresentado aos vereadores da oposição, na próxima semana, como revelou o presidente da câmara, em reunião de executivo. Ao ‘Terras do Homem’, Manuel Moreira não quis confirmar a entrada da proposta referindo apenas que “há interessados na concessão das termas”.
No entanto, o ‘Terras do Homem’ sabe que a empresa em questão respondeu afirmativamente a todas as questões levantadas pela autarquia, sendo a mais importante o pagamento do empréstimo feito pelo Município para comprar as Termas. Ao longo dos 30 anos de concessão previstos, a autarquia irá receber, dois mil euros por mês, para pagar o tal empréstimo.
Na reunião, o vereador do PS, Pedro Costa, pediu um contrato de concessão “transparente” e “alguma discussão” sobre esta matéria antes da aprovação definitiva. Manuel Moreira prometeu entregar o contrato antes da próxima reunião do executivo e lembrou “o pessoal foi todo despedido e nós não temos condições nem para fazer as obras necessárias nem para enquadrar o pessoal”.
A solução, uma empresa municipal para gerir as Termas, foi recusada pelo Tribunal de Contas. “Andamos com alguma pressa porque corríamos o risco de perder a concessão da água” prometendo um processo “transparente como a água”.
Um ano encerradas
Questionado pelo vereador Emanuel Magalhães sobre o possível encerramento das termas para a realização das obras necessárias, o presidente da câmara confirmou que “pelo menos, um ano, as termas estarão encerradas. A intervenção será feita em todos os edifícios”.
Para Emanuel Magalhães é necessário haver um planeamento das obras porque “há empresários que dependem das Termas e que, com a devida antecedência, terão que saber com o que contam”.
O contrato de concessão está, nesta altura, na posse do advogado da autarquia para ser ultimado e a previsão é que seja levado para discussão e votação na próxima reunião do executivo municipal.