A União dos Resistentes Antifascistas Portugueses, URAP, afirma-se “chocada e indignada e exprime o seu mais vivo protesto contra uma exposição de perfil anticomunista e assente na falsificação histórica, patente no Átrio do Hospital de Braga, uma Unidade pública do Serviço Nacional de Saúde”.
Em comunicado, refere que “não é possível ignorar ou desmentir que foram os comunistas, os lutadores mais destacados na luta de 48 anos pela Liberdade e a Democracia que o 25 de Abril trouxe em 1974 aos portugueses. E que, por isso, pagaram com prisões, torturas e a própria vida”.
A URAP não pode deixar de alertar que uma tal exposição, “eivada de mentiras, tem neste momento conturbado, o único objetivo de incendiar o ódio anticomunista entre os utentes, profissionais e visitantes do HBraga. Mais se lamenta ainda, que um local como aquele, tenha sido cedido para esta operação de contornos fascizantes inequívocos”.
Pelo facto, a URAP exige “não só a retirada imediata de tão funesta Exposição, como responsabiliza a Administração do HBraga que de forma leviana e perigosa, autorizou a utilização de tão nobre e vasto espaço do Hospital para aqueles fins2.
A URAP alerta ainda os bracarenses e todos os profissionais que trabalham no Hospital de Braga, bem como os que o visitam, “para não se deixarem enganar por esta perigosa manipulação de consciências. O anticomunismo foi e é um elemento central dos fascismos, às claras ou encapotados”.
