Um inquérito realizado pela Fixando a mais de 1.100 explicadores revela uma perceção crítica sobre o estado do ensino em Portugal. Mais de metade (54%) dos explicadores considera que os alunos iniciam o ano letivo com uma preparação apenas razoável e quase sete em cada dez identificam a falta de interesse dos alunos como o principal obstáculo à aprendizagem.
Entre os fatores destacados, surgem ainda a escassez de professores (43%), a qualidade dos programas de ensino (40%), as turmas sobrelotadas (34%) e a falta de envolvimento dos pais e encarregados de educação (26%). Apesar destas fragilidades, 71% dos explicadores acreditam que o nível de preparação dos alunos se mantém idêntico ao do ano passado, revelando pouco otimismo em relação a melhorias no curto prazo.
Perante este cenário, o recurso a explicações particulares assume-se como resposta imediata de muitas famílias. Só na primeira quinzena de setembro, a Fixando registou um aumento de 178% nos pedidos de explicações face a agosto.
As áreas mais procuradas foram explicações multidisciplinares ou estudo acompanhado (58%), Matemática (16%), preparação para exames nacionais (4%), Português (4%) e Inglês (4%). No entanto, apenas 48% dos pedidos obtêm resposta imediata, revelando uma procura que ultrapassa a oferta disponível.
Desde o início do ano, 473 novos explicadores juntaram-se à plataforma, menos 28% face a 2024. Quanto ao preço médio, subiu para 16€ por hora, mais 3€ do que no ano passado.
De acordo com Alice Nunes, diretora de Novos Negócios da Fixando, «os dados confirmam aquilo que as famílias sentem: há um desfasamento entre o que os alunos precisam e o que o sistema de ensino consegue oferecer. A Fixando permite encontrar rapidamente explicadores em diferentes áreas, online ou presencialmente, poupando tempo às famílias e garantindo apoio essencial ao sucesso escolar».
