O Grupo Casais está a construir aquela que será a maior residência estudantil pública, em Portugal. Localizada em Braga, na emblemática antiga Fábrica Confiança, esta residência para estudantes terá 786 camas. A construção já está em curso e deverá estar concluída no verão do próximo ano. Adjudicado por 25,51 milhões de euros, o projeto conta com um total de dois edifícios, sendo que um passa pela reabilitação da antiga Fábrica Confiança e outro é construído de raiz.
O novo edifício, desenvolvido segundo o modelo de construção industrializada CREE, assenta num sistema híbrido de madeira e betão que integra diversos componentes pré-fabricados — escadas, estrutura e fachadas CREE, instalações sanitárias, paredes divisórias e racks MEP. Esta abordagem, assegura uma maior eficiência, redução de desperdício e melhor controlo de qualidade, o que é difícil de alcançar na construção tradicional. A montagem em fábrica, com rastreabilidade total de cada componente ao longo da cadeia de produção até à execução, permite ainda a futura desmontagem e reaplicação dos elementos noutros contextos. Para tal, a Casais introduz parâmetros de identificação
digital dos componentes, através da metodologia BIM, que reduz desperdícios e promove a reintegração de elementos construtivos em novas edificações.
O edifício contará com 252 quartos individuais, 222 duplos — 19 adaptados a pessoas com mobilidade condicionada — e dois triplos também acessíveis, totalizando 476 unidades de alojamento para 702 residentes. Inclui ainda 15 cozinhas comuns, seis salas de estudo, uma ampla zona de convívio e refeições em open space voltada para o edifício existente, além de espaço exterior de lazer e lavandaria comum.
No edifício Existente – antigo espaço da Fábrica Confiança, onde serão mantidas as fachadas, paredes interiores e lajes originais, ainda assim, garantindo toda a segurança e preservação histórica – estarão disponíveis seis quartos, sendo dois deles adaptados pessoas mobilidade condicionada, e 19 unidades com capacidade para quatro pessoas, direcionadas a estudantes de mestrado, doutoramento ou docentes que desejem acolher familiares. O edifício existente terá, assim, 25 unidades que podem acolher 84 pessoas; além disso tem cinco salas de estudo, uma sala de convívio, uma sala de estudo adaptativa a biblioteca, espaço de refeições, zona de confeção de refeições comum, restaurante de carácter externo opcional, lavandaria, pequeno ginásio e uma zona museológica.
Segundo António Carlos Rodrigues, CEO do Grupo Casais: “O maior desafio deste projeto é conciliar a preservação do edifício histórico com a construção do edifício de raiz, garantindo ao mesmo tempo funcionalidade, sustentabilidade e conforto para os futuros residentes. É um projeto que exige planeamento antecipado e rigor em todas as fases da obra, mas que muito nos orgulha. Aos construirmos esta residência estamos a apoiar as novas gerações, dando-lhes mais condições para estudar numa das regiões que mais recebe alunos de outros pontos do País”.
Na execução desta nova residência universitária, o Grupo Casais não só preserva e reabilita cuidadosamente um edifício de elevado valor histórico, respeitando a sua identidade arquitetónica, como também ergue um segundo edifício recorrendo ao sistema CREE, assente em soluções modulares, sustentáveis e tecnologicamente avançadas. Esta combinação evidencia a versatilidade da Casais em conciliar património e modernidade, oferecendo infraestruturas de elevado padrão que respondem às exigências do presente sem descurar a memória do passado.
