O linfoma é uma patologia oncológica do sistema imunitário que pode afetar diferentes órgãos, incluindo linfonodos, baço, fígado e medula óssea, cuja sensibilização continua a ser essencial. Esta condição é complexa e, muitas vezes, os sinais iniciais são subtis, passando despercebidos mesmo em animais que aparentam estar saudáveis. A deteção precoce e a atenção aos sinais de alerta são determinantes, permitindo uma intervenção atempada que otimiza o tratamento e protege a qualidade de vida dos patudos.
Para esclarecer este tema, o médico veterinário António Dias, da Clinicanimal, clínicas veterinárias da Tiendanimal, explica: “O linfoma pode manifestar-se de forma silenciosa nas fases iniciais, mas a deteção precoce é fundamental. Observar mudanças no comportamento, no apetite ou no estado físico do animal pode fazer toda a diferença no diagnóstico e tratamento.”
“O linfoma não é contagioso e não surge por culpa do tutor. Trata-se de uma doença complexa do sistema imunitário, que pode afetar cães e gatos de todas as idades, embora certas raças tenham predisposição genética,” acrescenta António Dias.
O que é o linfoma
O linfoma é um tumor maligno que se origina nos linfócitos, células fundamentais do sistema imunológico. Nos cães, as formas mais comuns incluem linfoma multicêntrico (afeta gânglios linfáticos), linfoma mediastinal (torácico), linfoma gastrointestinal e linfoma cutâneo. Nos gatos, além destas formas, há também o linfoma associado a vírus, como o FeLV (vírus da leucemia felina).
Sinais de alerta
Os sinais de linfoma podem variar conforme o tipo e a localização do tumor, mas existem alguns indícios que os tutores devem observar atentamente. Entre os mais comuns estão o aumento de gânglios linfáticos palpáveis, perda de apetite e emagrecimento progressivo, assim como fadiga, letargia e menor interação com a família. Em casos de linfoma gastrointestinal, podem surgir vómitos ou diarreia, enquanto o linfoma torácico pode causar dificuldades respiratórias. Nos casos de linfoma cutâneo, os animais podem apresentar lesões na pele ou feridas que não cicatrizam. Reconhecer estes sinais atempadamente é fundamental para procurar avaliação veterinária e garantir um diagnóstico precoce, aumentando as hipóteses de sucesso do tratamento.
Diagnóstico
O diagnóstico do linfoma exige uma avaliação veterinária cuidada e detalhada. Para tal, recorrem-se a análises sanguíneas, punções ou biópsias de gânglios e órgãos afetados, bem como ecografias e radiografias, que permitem determinar a extensão da doença e avaliar o dos órgãos internos. Estes procedimentos são essenciais para identificar o subtipo de linfoma e o estádio da patologia, informação determinante para definir a estratégia de tratamento mais adequada.
TratamentoCuidados e bem-estar
Além do tratamento indicado pelo veterinário, os tutores podem contribuir para o bem-estar do animal mantendo uma alimentação equilibrada, proporcionando conforto, reduzindo stress e observando de perto qualquer alteração de comportamento ou saúde. O suporte emocional, aliado à monitorização regular, ajuda a garantir qualidade de vida durante todo o processo.