Vila Verde

Cruz Vermelha apresenta projeto inovador de inclusão digital para a comunidade cigana de Vila Verde

O Centro comunitário da Cruz Vermelha da Vila de Prado apresentou, hoje, o projeto ‘Comunidade Criativa de Inclusão Digital de Vila Verde’. Um projeto que, segundo Susana Cordeiro, “constitui uma aposta inovadora no combate à exclusão social” em quatro comunidades ciganas rurais de Vila Verde, das freguesias de Cabanelas e Moure.

Trata-se de uma iniciativa itinerante, numa carrinha transformada em sala de aula digital, que percorrerá semanalmente “as comunidades para oferecer formação digital personalizada, promovendo simultaneamente bem-estar psicossocial e empoderamento social”.

Com uma duração prevista de três anos, o projeto pretende capacitar 144 pessoas de etnia cigana, com foco nas mulheres em idade ativa, através de programas de literacia digital, oficinas temáticas e acompanhamento técnico. A equipa é composta por um psicólogo, dois técnicos da área social e um animador, contando ainda com a colaboração de jovens voluntários locais.

“Queremos capacitar as mães para puderem acompanhar os seus filhos na escola, por exemplo. Mesmo para a inserção no mercado de trabalho têm muitas dificuldades porque não dominam estas ferramentas e este projeto é uma forma de combater a exclusão digital”, referiu, ainda, Susana Cordeiro.

O presidente da Cruz Vermelha de Braga reforçou que “este projeto vai contribuir para responder a alguns problemas sociais que existem em Vila Verde”. Júlio Faceira Guedes reforça que a carrinha “está disponível para reduzir as bolsas de pobreza em todo o concelho, não só junto das comunidades ciganas, mas também dos idosos e das populações mais distantes”. Elogiando o trabalho social da autarquia de Vila Verde, Júlio Faceira referiu que “temos na câmara um parceiro de excelência no combate às desigualdades sociais”.

A presidente de Câmara de Vila Verde agradeceu o trabalho da Cruz Vermelha no território que desenvolve “projetos que têm melhorado o vida das pessoas”. Dando como referência o ano de 2004, onde esteve na CPCJ, Júlia Fernandes referiu que “desde essa data até hoje, a diferença é abismal, para muito melhor”.

Parcerias
O modelo é apoiado no âmbito do instrumento ‘Portugal Inovação Social – Parcerias para a Inovação’, com cofinanciamento do FSE+ vua Programa NORTE2030 e conta com o investimento social da Câmara de Vila Verde e da empresa MEBRA, SA. Inspirado numa experiência piloto anterior em Guimarães, o projeto tem potencial para ser replicado noutros territórios, reforçando a inclusão digital como direito fundamental e motor de equidade social.

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