Doentes e cuidadores lançam apelo à DGS no Dia Mundial da Esclerose Múltipla
Na semana em que se celebra o Dia Mundial da Esclerose Múltipla (EM), assinalado a 30 de maio, a Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM) lança um apelo à Direção Geral da Saúde para a necessidade de criarem normas de segurança para o regresso às consultas hospitalares e terapias complementares de tratamento.
É sabido que os hospitais são um elevado foco de contágio e como tal, a comunidade de EM tem receio do risco que corre nestas deslocações. “A pandemia Covid-19 levou à interrupção dos tratamentos e consultas hospitalares regulares por parte de muitas pessoas que vivem com EM. Estas rotinas têm de ser recuperadas com a maior urgência para que possamos retomar a nossa qualidade de vida. As pessoas com Esclerose Múltipla exigem ser tratadas com a centralidade que merecem neste estado de calamidade e como tal, apelamos às autoridades de saúde que definam normas de segurança para proteger os doentes e assegurar o normal funcionamento dos seus tratamentos.” afirma o Presidente da SPEM, Alexandre Silva.
Para assinalar o Dia Mundial da EM e tendo por base a campanha #MSConnect, desenvolvida em colaboração com membros do movimento global da MSIF (Multiple Sclerosis International Federation), a SPEM vai dinamizar um conjunto de iniciativas sob o mote “EM CASA ligados…” que visam preparar a comunidade de EM para a conetividade na nova era pós-COVID-19.
As iniciativas estendem-se até dezembro, altura em que se celebra o Dia Nacional da Pessoa com Esclerose Múltipla. Vão centrar-se no desenvolvimento de conexões sociais entre as pessoas que vivem com EM, na conexão consigo mesmo, no autoconhecimento, no autocuidado e na qualidade de vida. Vão desafiar as barreiras sociais que conduzem ao isolamento social e ao estigma associado à patologia. É uma oportunidade para defender a existência de melhores serviços, celebrar as redes de apoio e promover o autocuidado.
Alexandre Silva explica que “Através de uma abordagem inovadora e mais sustentável, todas as atividades que vamos implementar pretendem ser uma plataforma de encontro, partilha e aprendizagem sobre as temáticas mais relevantes para a comunidade da Esclerose Múltipla em Portugal, tendo como princípio o combate ao estigma de que as pessoas que vivem com EM não conseguem realizar os seus desejos mas também a colocação do doente no centro do Sistema de Saúde Nacional.”