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“Gosto particularmente da dedicação do Prof. Moreira ao Concelho e por isso terá, caso o pretenda, o nosso apoio”

Vitor Patrício voltou aos destinos do CDS-PP de Amares a pouco mais de um ano das próximas eleições autárquicas.

Será o nome escolhido pelo partido para a ‘batalha’ eleitoral na que, tudo leva a crer, redição da atual coligação que governa os destinos do concelho.

Elogiando a “gente humilde e de muito trabalho” que tem vindo a engrossar o CDS-PP do concelho, o líder centrista garante que “os nossos quadros são cada vez mais jovens”.

Aproveita para fazer um balanço do mandato enquanto vereador do ambiente, trânsito mercado, feito a meio tempo, e onde, “naturalmente que a pressão era enorme”.

E confessa que “em momento algum, nos sentamos para definir o futuro político” da coligação com o presidente da Câmara.

Que motivações estiveram por detrás da candidatura à concelhia?
O objetivo é dar continuidade à estratégia que iniciamos à cerca de uma década. Desde essa altura que o CDS-PP tem vindo a crescer em Amares. Creio que hoje é reconhecido que o partido é importante para o desenvolvimento do Concelho e para garantir estabilidade num executivo.
Acima de tudo o que nos orgulha na militância de base é o facto de se respeitar as estratégias que melhor servem o concelho. É gente humilde e de muito trabalho.

Que dinâmica se propõe desenvolver no novo mandato?
Neste mandato pretendemos manter a representatividade do partido que tem sido de uma enorme lealdade e competência. Os nossos quadros são cada vez mais jovens e que nos orgulham pois acima de tudo querem contribuir para o desenvolvimento de Amares.
Temos aumentado a representatividade da concelhia nos órgãos regionais e nacionais e que faze ao trabalho que temos desenvolvido temos recebido vários elogios pela direção nacional do Partido.
Entendo que os partidos não podem ser o fim da ação política, mas sim o veículo para desenvolver os territórios. Ainda há um longo caminho para que todos os partidos percebam isso. Felizmente o CDS.PP em Amares já segue essa linha.

As eleições autárquicas daqui a sensivelmente, um ano, são o primeiro grande teste da nova concelhia. Quais são as expetativas eleitorais? A coligação é para manter?
A concelhia que agora presido é a mesma que tem vindo a trabalhar comigo ao longo da última década. Resulta do trabalho de renovação iniciado com a presidência do Martinho Faria. O desafio é continuar a trabalhar e mostrar aos amarenses que o CDS-PP faz falta e é útil.
Creio que hoje percebe-se isso e certamente continuará a fazer parte das estratégias políticas que queiram desenvolver o concelho de Amares.
Relativamente às próximas eleições o papel que teremos é uma decisão do presidente da Câmara. Confesso que, em momento algum, nos sentamos para definir o futuro político.
No presente ainda nos falta ano e meio de trabalho e os desafios são tão grandes que ainda não encontramos espaço para conversar sobre política futura. Gosto particularmente da dedicação do Prof. Moreira ao Concelho e por isso terá, caso o pretenda, o nosso apoio. Acredito que brevemente nos possamos sentar com o parceiro político para definir o caminho da coligação.

Qual é o atual ‘estado’ do CDS-PP no concelho, em termos de militantes e de trabalho de base?
O partido tem vindo a aumentar a representatividade nos diversos órgãos regionais e nacionais. Temos indicado jovens para os diversos órgãos que felizmente têm sido referenciados como de enorme carácter e qualidade. Isto resulta do aumento de militantes.
No entanto, temos verificado que temos aumentado imenso em termos de simpatizantes, de pessoas que sem se filiarem se identificam com o nosso trabalho. Isto é muito gratificante.

O Dr. Vitor Patrício será a indicação do partido para integrar a lista das autárquicas?
O partido sabe que pode contar comigo e já lhes manifestei a minha disponibilidade. Talvez por isso tenha tido o apoio de praticamente todos os militantes, dos mais jovens aos menos jovens.

Nas freguesias que trabalho está a ser feito?
Estamos a acentuar a relação com todos os militantes de base.

Como vê atualmente a oposição?
Está a fazer o seu trabalho, que respeitamos.

Que balanço faz deste mandato autárquico?
Muito positivo. Amares tem problemas estruturais de fundo que têm mais de duas décadas. Temos condições para ser um dos concelhos mais dinâmicos na cintura urbana de Braga.
Infelizmente perdemos muito tempo ao longo de várias décadas quando deveríamos ter resolvido os problemas do abastecimento de água, do saneamento dos RSU, do bem estar animal e da valorização dos espaços ambientais. Agora tudo é mais difícil e ninguém consegue resolver todos os problemas em tão poucos anos.
O prof. Moreira está empenhado em resolver todos estes problemas, mas precisamos de tempo. Quem pensa que se resolve tudo em pouco tempo não está a ser realista.
Nos serviços básicos conseguimos cumprir com as exigências da ERSAR mantendo o concelho com as tarifas mais baixas do país. Neste mandato já investimos centenas de milhares de euros para melhorar a qualidade da água e o abastecimento do sistema, vamos fazer um forte investimento para minimizar a falta de água em algumas habitações devido à falta de pressão na rede, principalmente no verão, ampliou-se fortemente o sistema de saneamento.
Hoje temos uma política de bem-estar animal, estamos a concluir o “canil municipal” e temos o primeiro ecocanil em Portugal. O Ecocanil é hoje uma referência nacional, que irá ser replicado noutros municípios.
Iniciamos a organização da Urjalândia no mandato que alcançou um sucesso tremendo. No início poucos acreditavam no projeto, mas o prof. Moreira foi um dos grandes motivadores para que não desistisse. Este projeto está a permitir revitalizar a zona leste do concelho tornando-se também numa referência nacional. Temos fortes expectativas que o centro de interpretação no urjal e o trilho de interpretação ambiental que o ligará à Abadia, com várias dezenas de km, irão ser aprovados.
Conjuntamente a “urjalândia a circular” e o “ecocanil” são projetos financiados pelo Fundo Ambiental que permitiram dotar Amares com dois centros de referência na área da educação ambiental. Em apenas três meses estes espaços tinham quase um milhar de visitas agendadas.
Também, iniciamos uma das agendas ambientais mais ricas da região e o mercado “Sabores da Nossa Terra” que permitiu aproximar os nossos produtores locais das cadeias de distribuição que fruto da persistência hoje começa a ganhar o seu espaço. Temos uma candidatura em curso e a feirinha já se diversificou atraindo o mercado urbano e a feira das velharias.
Na pandemia não baixamos a guarda e Amares foi notícia por ter implementado uma plataforma inovadora que permitiu aos nossos produtores continuarem a escoar os seus produtos em pleno pico da pandemia.
Nos transportes fomos um exemplo na região por termos garantido os serviços mínimos à população evitando assim o isolamento e o acesso ao trabalho, educação e saúde. Temos o plano de mobilidade sustentável em curso e estamos a trabalhar no projeto da ecovia, que se for aprovado Amares terá uma das maiores redes e das mais atrativas em relação aos municípios à nossa escala. Em carteira temos vários projetos na área do ambiente concluídos que aguardam oportunidades de financiamento.

Quais foram as principais dificuldades que encontrou como Vereador neste primeiro mandato?
O prof. Moreira desafiou-me para abraçar os pelouros do Ambiente, Trânsito e Mercados. Eram pelouros muito exigentes face às debilidades estruturais existentes.
Uma das dificuldades prende-se com o facto de estar a meio tempo, tal como o colega João Esteves, pois temos que compatibilizar a nossa vida profissional com a condução dos pelouros. Naturalmente que a pressão era enorme.
Por um lado, estes pelouros exigem imenso trabalho de casa e por outro não podíamos defraudar as expectativas do Presidente da Câmara. Em jeito de balanço creio que se amanhã sair das funções executivas saio de cabeça levantada.
Ficarei muito grato a todos os presidentes de junta com quem trabalhei de muito perto. De igual modo, à esmagadora maioria dos nossos funcionários que me ajudaram, despidos de politiquices, mas que se empenharam em garantir o sucesso desta autarquia.
Por fim ao prof. Moreira por toda a confiança depositada. É uma pessoa extremamente exigente, que adora este concelho e que quer fazer melhor por ele. Felizmente ao longo destes três anos tem sido muito fácil esta relação com o presidente da Câmara.

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