Descoberto planeta do tamanho da Terra à deriva na Via Láctea
Uma equipa de astrónomos da Universidade de Varsóvia, na Polónia, confirmou a descoberta do mais pequeno “planeta à deriva” encontrado até o momento.
Os “planetas à deriva” são planetas que não orbitam diretamente nenhuma estrela hospedeira e, por esse motivo, não podem ser detetados através de métodos tradicionais. Ainda assim, cientistas do projeto Experiência de Lente Gravitacional Óptica (OGLE) conseguiram fazê-lo com o uso de microlentes.
Uma equipa de investigadores da Universidade de Varsóvia recorreu a uma técnica, chamada microlente gravitacional, para fazer a descoberta de um planeta independente, com tamanho entre o da Terra e o de Marte. Este é o mais pequeno planeta deste género alguma vez detetado.
“O efeito de lente é um dos melhores métodos para detetar um planeta independente do tamanho da Terra. Pode ser um embrião de um planeta que foi ejetado do seu sistema planetário”, explicou o autor Przemek Mroz, citado pelo Engadget.
O método envolve a observação de objetos no primeiro plano a passar à frente de estrelas distantes, que servem de fundo. Quando isso acontece, o corpo mais próximo atua como uma lente gravitacional, aumentando a luz da estrela de forma a revelar a massa dos objetos, entre outras características.
Segundo os astrónomos, a probabilidade de observar a microlenteação é extremamente estreita porque a fonte, a lente e o observador devem estar quase perfeitamente alinhados. “Se observarmos apenas uma estrela como fonte, teríamos de esperar quase um milhão de anos para ver essa fonte ser usada como microlente”, explicou Mroz.
Falta agora confirmar se este planeta é realmente “independente” em futuros estudos.
Até agora, os astrónomos descobriram mais de 4.000 exoplanetas, detetados através do seu brilho, quando se movimentam e cruzam com a sua estrela do ponto de observação. No caso dos “Rogue Planets” isso não acontece pela inexistência de uma estrela.
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