NACIONAL

Novas medidas “terão horizonte de um mês”, informa Costa

Após ter ouvido os especialistas durante esta manhã no Infarmed, António Costa anunciou que as novas medidas que serão implementadas para travar a pandemia no país deverão vigorar durante um mês.

Segundo o chefe do Governo o encontro permitiu concluir que “houve um grande consenso” sobre a trajetória de crescimento de novos casos de infeção do novo coronavírus e que “as medidas devem ter um horizonte de um mês”.

“Estamos perante uma dinâmica de fortíssimo crescimento de novos casos que é necessário travar”, salientou António Costa.

Contudo, este período não é definitivo, ressalvou, considerando que as medidas serão reavaliadas após 15 dias, o que pode levar a que sejam “aligeiradas” consoante a situação epidemiológica no país. Caso o cenário seja pior, António Costa também admitiu que as medidas poderão ser ainda mais apertadas.

As novas restrições, acrescentou, serão anunciadas o mais “rapidamente possível”, respeitando o “quadro constitucional”, e salvaguardando que “ninguém é apanhado desprevenido”.

“Nada justifica o encerramento das escolas até aos 12 anos”
Em declarações aos jornalistas, o chefe do Governo afirmou também, que perante os dados apresentados esta manhã pelos peritos, “nada justifica o encerramento das escolas até aos 12 anos”.

Quanto aos alunos mais velhos, designadamente do secundário, onde se verificam mais contágios, há “divergências muito grandes entre os próprios especialistas”. Por isso, esclareceu António Costa, haverá ainda uma ponderação política sobre a matéria.

Da campanha eleitoral ao futuro da economia
Sobre a campanha eleitoral, que irá decorrer durante o confinamento geral, o primeiro-ministro reiterou que a lei do Estado de Emergência não permite qualquer intromissão das medidas do Estado de Emergência no funcionamento da campanha eleitoral”. Portugal terá de confiar no “bom senso dos candidatos”, concluiu sobre o tema.

Apelando à disciplina do cumprimento das medidas de prevenção por parte da população, o primeiro-ministro afirmou que a redução do uso de máscara durante o Natal poderá ter contribuído para o crescimento registado atualmente da pandemia.

“Não é por haver vacina que estamos já protegidos. O período de vacinação vai ser muito longo, não podemos desvalorizar a doença”, disse, alertando para a nova variante do vírus do Reino Unido.

Por fim, confrontado sobre o impacto que um novo confinamento geral provocará na economia portuguesa, António Costa recordou que quando “melhora a economia, piora a pandemia” e que, neste momento, é necessário, em primeiro lugar, controlar a Covid-19.

“[O Governo irá] apoiar o rendimento das famílias manutenção do emprego e empresas e setores económicos que mais serão atingidos com o encerramento de atividades”, garantiu ainda o primeiro-ministro.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *