CURIOSIDADES

Um corvo desapareceu da Torre de Londres e isso pode ser má notícia para a monarquia

Merlina, um dos famosos corvos da Torre de Londres, desapareceu. Além de má notícia para os amantes de pássaros, também pode ser uma má notícia para a monarquia do Reino Unido, de acordo com uma antiga profecia.

“Temos notícias realmente infelizes para partilhar. O nosso amado corvo Merlina não é visto na Torre há várias semanas e a sua ausência contínua indica que, infelizmente, pode ter morrido”, escreveu a Torre de Londres no Twitter.

“Embora não seja incomum que os nossos corvos andem fora das paredes [da Torre de Londres], a espirituosa Merlina sempre regressou à Torre e ao Mestre dos Corvos e a sua equipa, com quem partilhava um vínculo maravilhosamente próximo. Agora temos 7 corvos aqui na Torre – um a mais do que os 6 exigidos, por isso não temos planos imediatos para preencher a vaga de Merlina.”

Mas porque é que a Torre de Londres tem de ter seis corvos? Reza a lenda que, durante o reinado de Carlos II, o monarca prendeu as asas dos corvos depois de ter ouvido uma “antiga” profecia de que o Reino cairia se os pássaros deixassem a torre.

A lenda diz que, “durante muitos séculos, os corvos guardaram a Torre de Londres e, visto que detêm o poder da Coroa, acredita-se que a Coroa e a Torre cairão, se algum dia os corvos partirem”, segundo o IFLScience.

Não se sabe há quanto tempo os corvos vivem na Torre, mas acredita-se que Carlos II foi o primeiro a insistir que deveria haver pelo menos seis.

De acordo com o historiador Bora Sax, a lenda parece ter surgido por volta de 1946. Os corvos foram usados como observadores (não oficiais) durante a guerra, para aviões e bombas inimigos. Pouco antes de a torre ser reaberta em janeiro de 1946, alguns pássaros escaparam, fazendo com que novos corvos fossem adotados a tempo do dia da inauguração.

Desde então, os guardas da Torre de Londres passaram a cortar uma membrana de uma das asas dos corvos — ação que não magoa as aves. Ao desequilibrar o seu voo, os corvos ficam a voar em círculos, e não conseguem afastar-se muito da torre.

Em 2019, dois dos corvos tiveram crias pela primeira vez em 30 anos. Apenas uma permaneceu na torre.

Maria Campos, ZAP //

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