Vereadores do Ambiente e do PS de Amares trocam acusações por causa do alegado Parque Urbano
O período antes da ordem do dia na reunião de câmara de Amares foi muito ‘quente’ por causa do alegado Parque Urbano. O Vereador do Ambiente, Vitor Patrício, acusou o Vereador do PS de “difamação” e de “atacar a sua vida pessoal”. Em causa, uns terrenos que Pedro Costa disse estarem em hasta pública, mas que afinal não estão.
Na primeira reunião do mês de janeiro, Pedro Costa trouxe o assunto à baila. O Parque Urbano, a construir entre o edifício dos Paços do Concelho e o Centro de Saúde, “é um projeto antigo que atravessou vários executivos”.
Segundo Pedro Costa, “tive conhecimento que alguns proprietários de terrenos naquela zona vão fazer uma hasta pública para a sua venda a um preço simpático e acho que a autarquia pode ter uma palavra a dizer”.
Ora, 15 dias depois e de muita ‘treta’ nas redes sociais, o Vereador do Ambiente acusou o socialista de “difamação”. Afinal, ao que tudo indica, os terrenos pertencentes à extinta J Orlando e alvo de uma hasta pública, por parte de uma leiloeira, a propósito da falência da empresa, já teriam sido vendidos no início de 2020.
Um deles a Vitor Patrício. “O processo foi público, qualquer cidadão poderia fazer uma licitação e foi mediado por uma leiloeira. É uma questão da minha vida privada”, revelou o Vereador. “Comprei um terreno para dar um futuro aos meus filhos. O meu dinheiro é limpo, as minhas contas são públicas”, referiu ainda.
ORU
Vítor Patrício acusou, ainda, Pedro Costa de mentir sobre o Parque Urbano. No documento ‘Operações de Reabilitações Urbanas’ elaborado, já por este executivo, o parque urbano passa a jusante do Moinho de Santa Luzia até ao Intermaché porque “ali é que faz sentido” e não nos terrenos que estiveram em hasta pública.
“Nunca escondi o terreno de ninguém, até porque tenho andado com a família a limpá-lo, há um projeto em apreciação na câmara que não ultrapassa a cota da estrada e o senhor vem falar de um mamarracho”, atirou ainda o Vereador do Ambiente. Vítor Patrício não gostou, ainda, que Pedro Costa tivesse escrito nas redes sociais que tivesse sido usado “um subterfúgio saloio para comprar em hasta pública” os terrenos.
Pedro Costa
Pedro Costa defendeu-se dizendo que “é mentira que o senhor Vereador tenho sido alvo de um ataque pessoal” e na última reunião “quando levantei o assunto, achei que estava em hasta pública e só posteriormente soube que tinha sido adquiridos”.
Recordando projetos passados, de executivos anteriores a Manuel Moreira, o socialista lembrou que “no passado, foram recusados outros projetos de edificação por outros executivos para proteger aquela zona verde”. Vitor Patrício defendeu-se com o ORU, aprovado há mais de um ano, e que não tem nenhum parque urbano naquela área.
“O senhor não foi sério porque não protegeu o interesse público, já que tinha sugerido à câmara na altura que adquirisse o terreno”, por isso, Pedro Costa “não aceita a acusação de ter caluniado a sua vida pessoal. O senhor, enquanto Vereador, não defendeu o interesse público e isso futuramente vai-lhe custar caro”.