Portugueses os grandes ausentes da Feira de Lobios
Os portugueses foram os grandes ausentes da reabertura da Feira de Lobios. O município da Galiza que, através da Portela do Homem, faz fronteira com Portugal, pelo concelho de Terras de Bouro, sendo a única ligação dos dois países pelo distrito de Braga.
A Feira de Lobios, que se realiza todos os segundos domingos de cada mês, deixou de ter lugar desde que a pandemia assolou a Província de Ourense, na Região da Galiza. A sua reabertura era muito aguardada, mas a grande ausência dos portugueses, quer clientes, quer feirantes, levou a que tivesse encerrado mais cedo, quando é habitual decorrer durante todo o dia.
Com o atual encerramento da Fronteira da Portela do Homem, em pleno Parque Nacional da Peneda-Gerês, determinado pelas autoridades governamentais portuguesas, era praticamente impossível chegar até Lobios, pois a Guarda Civil manteve durante todo dia uma patrulha do lado espanhol, impedindo a passagem, a pé, de bicicleta ou de moto, já que da parte portuguesa enormes pedregulhos não permitem passagem de carros.
Uma vez mais, o polvo às rodelas foi o petisco mais vendido na Estrada de Portugal e as atenções voltavam-se para uma fêmea do chamado cão-lobo, de três meses, a Abra, enquanto se vendiam alfaias agrícolas, fruta, legumes, roupa, calçado, mel e mais especiarias daquela zona galega, como os chás.
A alcaldesa-presidenta do Município de Lobios, María del Carmen Yáñez Salgado, disse ao ‘Terras do Homem’ que “temos de conciliar a saúde pública com a realidade económica”, revelando-se ao mesmo tempo confiante, mas igualmente cautelosa, “a fim de evitar uma eventual quarta vaga, por causa das próximas festas pascais, pois não se poderá repetir o que se passou na época natalícia, cujas festividades trouxeram a pandemia para a Galiza”.