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População escolar de Vieira do Minho desce 14,5% em quatro anos

Desde o ano letivo de 2017-2018, a população escolar do concelho de Vieira do Minho desceu um total de 14,5%, baixando de 1389 alunos para um mínimo histórico de 1187 alunos, no ano letivo que agora finda.

Nos últimos quatro anos, o concelho vieirense perdeu 202 alunos, do ensino pré-escolar ao secundário, e a descida que tem sido constante.

Estes “números preocupantes” foram revelados por Filipe de Oliveira, candidato do Partido Socialista (PS) à presidência da Câmara Municipal de Vieira do Minho, no encerramento de um roteiro sobre a educação, onde constatou que a descida de alunos tem sido um traço comum dos últimos anos.

Estes dados dizem respeito ao Agrupamento de Escolas Vieira de Araújo, o único do concelho, que integra todas as escolas e níveis de ensino: pré-escolar, básico, secundário e profissional.

“Em 2017-2018, Vieira do Minho tinha um total de 1389 alunos. Hoje tem 1187 alunos. Temos hoje menos alunos do que há 100 anos, quando a educação nem sequer era obrigatória”, afirma Filipe de Oliveira.

O candidato do PS considera que estes números, que constam dos documentos oficiais do Ministério da Educação, são o resultado “de oito anos de políticas municipais erráticas, que, em vez de atraírem pessoas e de fixarem a população em Vieira do Minho estão a afastar as pessoas para vilas e cidades vizinhas”.

“Entre 2017 e 2021, Vieira do Minho perdeu mais de 200 alunos. Esta diminuição galopante do número de alunos é preocupante porque põe em causa a sustentabilidade do município”, explica Filipe de Oliveira, que é um profissional de saúde com atividade associativa intensa no concelho vieirense.

“A educação e a cultura são as causas mais nobres a que uma autarquia se deve dedicar seriamente. O desenvolvimento que ambicionamos para Vieira do Minho implica uma aposta estratégica na educação”, preconiza o candidato socialista, que visitou a Escola Básica e Secundária Vieira de Araújo e reuniu com a direção do Agrupamento de Escolas Vieira de Araújo, acompanhado pela estrutura do PS local e pelo coordenador do programa eleitoral, José Marques Fernandes.

Obras derrapam e atrasam
Na opinião de Filipe de Oliveira, “o enorme atraso na realização das obras de reabilitação da Escola Básica e Secundária Vieira de Araújo simboliza o desleixo com que a velha maioria municipal trata a educação”.

As obras em causa implicam um investimento de 2,6 milhões de euros, verba suportada em 92,5% por fundos comunitários e pelo Ministério da Educação, cabendo à Câmara de Vieira do Minho apenas 7,5% do investimento.

As obras foram lançadas em junho de 2019 com um prazo de execução de 540 dias. Deveriam estar prontas em janeiro de 2021, mas só deverão estar concluídas no início de 2022, ou seja, com um ano de atraso. Além disso, o valor da empreitada já derrapou em vários milhares de euros.

“As obras da Escola Básica e Secundária Vieira de Araújo são o espelho da incapacidade da Câmara para fazer obras estruturantes e desmentem a tão propalada boa gestão dos recursos do município”, afirma Filipe de Oliveira.

Além das infraestruturas físicas, Filipe de Oliveira defende melhorias no ensino profissional, dado considerar que existem “dificuldades e disfunções várias relacionadas com a criação e funcionamento dos cursos profissionais”.

Em Vieira do Minho, o PSD vai concorrer sozinho, depois de dois mandatos coligado com o CDS. Tendo como objetivo recuperar a presidência da autarquia, o PS escolheu como candidato à presidência da Câmara um nome forte do associativismo do concelho.

Profissional da área da saúde, Filipe de Oliveira, que completa 37 anos no próximo mês de setembro, é natural de Vieira do Minho. Em 2005, foi um dos fundadores do Clube Amigos de Vieira (CAVA), associação de que é presidente e que tem trabalho feito no concelho nas áreas cultural, social, desportiva e ambiental.

No âmbito das múltiplas atividades da associação, destacam-se as conferências do CAVA, que nos últimos anos levaram a Vieira do Minho figuras da vida nacional como Marcelo Rebelo de Sousa, Fernando Santos, Pedro Passos Coelho, Rui Rio, António Vitorino, Pedro Abrunhosa, entre muitas outras personalidades.

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