Aliança diz que o PS transformou São Bento na sede de campanha e exige demissão do Governo
A Direção Política Nacional (DPN) do partido Aliança considera que o Partido Socialista transformou São Bento na sua sede de campanha eleitoral e desafia o Primeiro-ministro a apresentar a demissão, passando assim o Governo à situação gestão.
Reunida pela primeira vez após o Congresso Nacional, que elegeu Jorge Nuno de Sá como presidente do Aliança, a DPN concluiu que “temos assistido nos últimos dias a um conjunto de adjudicações, lançamento de concursos, projetos viários, que não são mais que ações de pré-campanha encapotadas, às qual a decência manda pôr termo”.
Acrescenta que “mais do que a legitimidade formal, o atual Governo após se ter isolado e visto o seu orçamento chumbado carece de legitimidade política, estando, pois, politicamente debilitado e eticamente inibido de lançar projetos e encargos para futuro que carecem de legitimação democrática”.
O Aliança saudou a intervenção do Presidente da República, que “veio clarificar e apontar uma saída para a crise política em que nos encontramos”.
Esta crise, segundo o Aliança, tem como principal responsável “o Primeiro-Ministro e a sua incapacidade de criar pontes que permitissem seguir a normal governação decorrente das eleições de 2019, num momento de particular dificuldade para o País, sobretudo quando a crise de saúde pública se soma uma inevitável crise económica e social”.
“A atitude de arrogância e isolacionismo de António Costa e do Partido Socialista fizeram o País mergulhar numa crise política”, considera ainda o partido
O Aliança saúda o calendário escolhido pelo Presidente da República. “Ainda que mantenha por mais algum tempo a crise política, a decisão presidencial não adia em demasia a situação e permite aos partidos a sua reorganização, ficando capacitados para oferecer aos portugueses opções claras de voto”.
“Mais do que a questão das lideranças partidárias que se discutem, o tempo que medeia até às eleições deve ser usado para construir plataformas à direita que permitam apresentar alternativas de Governo, coesas, sólidas e perenes”.