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Sargento vilaverdense da GNR condenado a pena suspensa

O sargento vilaverdense da GNR António Vieira foi condenado a pena suspensa de dois anos e dois meses, por falsificação de documentos, pelo Tribunal de Braga, escalas técnicas falsas, onde terá recebido 2.596 euros, durante cerca de cinco anos.

Para a suspensão da pena o militar da GNR terá de pagar 1.500 euros a uma associação particular de solidariedade social, a Novamente, no prazo de meio ano.

O sargento António Vieira não será suspenso de funções na GNR, como pena acessória, ao contrário do que solicitava o Ministério Público de Braga, uma vez que a pena não é superior a três anos, mas terá de devolver os 2.596 euros que o Tribunal de Braga considerou provado ter recebido indevidamente.

Para o Tribunal de Braga, “não se provou a tese do arguido, segundo a qual foi vítima de cabala dentro da GNR”, porque houve no julgamento oito testemunhas a afirmar que o sargento António Vieira não cumpria as escalas técnicas de investigação criminal, na GNR de Braga.

No entanto, recebeu suplementos para pagamento desses mesmos serviços, apesar de o juiz ter reconhecido que “o ambiente no Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Braga não era então o melhor”.

O juiz entendeu que o sargento António Vieira terá recebido indevidamente os suplementos de escalas técnicas enquanto militar do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) do Destacamento Territorial da GNR de Braga, que é comandado pela capitã vilaverdense Maria Luísa Faria Peixoto.

Para a condenação do sargento António Vieira foram decisivas as conclusões da Polícia Judiciária Militar, cuja investigação coube ao major vilaverdense Roberto Carlos Pinto da Costa, este último, entretanto, condenado no caso do furto das armas de guerra dos Paióis de Tancos.

Um dos depoimentos mais valorizados pelo Tribunal de Braga foi o do sargento vilaverdense Sérgio Azevedo, o mesmo que em Braga sucedeu imediatamente ao sargento António Vieira, na chefia do NIC do Destacamento Territorial da GNR de Braga.

O Tribunal Criminal de Braga considerou que o sargento António Vieira não devolveu essa quantia, de 2.596 euros, nem demonstrou qualquer tipo de arrependimento.

António Vieira vai recorrer da sentença condenatória para o Tribunal da Relação de Guimarães, segundo apurou o Terras do Homem, por não se conformar com esta decisão, provisória, até ao trânsito em julgado (homologação), do presente processo.

O sargento António Vieira, de 48 anos, foi o graduado da GNR de Braga com melhor desempenho de sempre na investigação criminal, como o desmantelamento em tempo recorde da quadrilha que assaltou à mão armada os CTT de Celeirós, em Braga, conforme os louvores que recebeu.

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