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Empresários da região conhecem apoios e ferramentas para descarbonizar empresas

A ACIB – Associação Comercial e Industrial de Barcelos em parceira com a AEP – Associação Empresarial de Portugal e Norgarante realizou na sede da ACIB, o Roadshow da Competitividade, subordinado ao tema “Descarbonizar para Competir” participado por um significativo número de empresários da região.

João Albuquerque, Presidente da ACIB, iniciou a sua intervenção salientando o quanto a ACIB se preocupa com toda a latitude de acesso à informação por parte das empresas. Destacou os critérios de sustentabilidade ESG e o grande desafio que será “saber como em 2025 estaremos preparados para dar resposta ao cumprimentos aos critérios ESG”.

Em plena crise mundial, agravada pela pandemia da COVID-19 e pela guerra entre Rússia e Ucrânia, as repercussões são desastrosas e penosas para as empresas. Contudo, as exigências em termos ambientais irão manter-se e as empresas terão que trabalhar para o cumprimento de 3 indicadores: Ambientais, Responsabilidade Social e de Governança pois só através destes três indicadores é possível verificar se a empresa é saudável e lucrativa financeiramente e consciente a nível social e ambiental. Os clientes estão a exigir, e vão acentuar essa exigência, que as empresas cumpram os parâmetros ESG.

As multinacionais são muito rigorosas no cumprimento de requisitos alinhados com os objetivos de Desenvolvimento Sustentável definidos pela ONU pelo que irão optar por trabalhar com parceiros socialmente responsáveis, sustentáveis e rentáveis e mais preparados para enfrentar riscos sociais, ambientais e económicos.

Neste sentido “é fundamental que as nossas empresas, suas subcontratadas, façam uma gestão estratégica, criem sinergias com outras empresas, implementem planos, para conseguirem continuar a trabalhar com empresas multinacionais que lhes exigem o “selo” e, consequentemente, contribuam para uma recuperação verde que promova um crescimento económico sustentável, acelerando a transição rumo a sociedades descarbonizadas, que é uma obrigatoriedade.

Seguidamente, e ainda na abertura interveio Henrique Cruz, o Presidente da Comissão Executiva da Norgarante. Contextualizou que o papel da Norgarante – Sociedade de Garantia Mútua é conceber, estruturar e operacionalizar soluções de financiamento que permitam colmatar falhas de mercado no acesso das empresas a mecanismos de financiamento e contribuir para que os empresários fiquem muito mais esclarecidos sobre o melhor caminho a seguir e os benefícios que podem obter. Esclareceu as empresas podem ser apoiadas diretamente pela Norgarante e ter a oportunidade de com “a garantia mutua” serem elas próprias a escolher o Banco”.

Deu um conselho “Se és uma pequena empresa, digitaliza-te!. Se és uma Média /grande empresa, descarboniza-te!” e a Norgarante tem a linha de descarbonização no sentido de apoiar as empresas.

O ponto alto desta sessão ficou marcado pelas intervenções técnicas. João Silva, Técnico da Norgarante fez a apresentação detalhada da empresa. Apontou alguns indicadores de atividade: 63.933 empresas apoiadas, 10.504 Milhões de Garantias Emitidas e 19293 Milhões de Euros de investimento apoiado.

Seguidamente, apresentou as vantagens da adesão ao Sistema de apoio “Garantia Mútua” e que a missão da Norgarante é estar sempre ao lado das empresas para as apoiar nos seus negócios, prestando todo o tipo de garantias, facilitando o acesso a financiamento e o cumprimento de responsabilidades contratuais, nas melhores condições de preço e de prazo.

A sessão de trabalho foi concluída com a intervenção de Paula Silvestre, da AEP, Coordenadora do projeto EcoEconomy 4.0. através do qual foram criadas duas ferramentas: A ferramenta Descarbonização / Transição Energética e a ferramenta Economia Circular.

Referiu que a Ferramenta Descarbonização/ Transição Energética se destina sobretudo às Micro, Pequenas e Médias Empresas (PME) dos setores da indústria, comércio e serviços. O objetivo da ferramenta é fazer o diagnóstico do grau de adoção de práticas de descarbonização/transição energética (maturidade). Aconselhou os empresários a acederem e fazerem o preenchimento do questionário Descarbonização/Transição energética (DTE) que revela o nível de maturidade.

Por seu lado, a Ferramenta Economia Circular destina-se sobretudo às Micro, Pequenas e Médias Empresas (PME) dos setores da indústria, comércio e serviços e tem por objetivo aferição do grau de adoção de práticas de economia circular. Através do preenchimento do questionário Economia Circular as empresas ficam a saber o seu grau de maturidade. Ambas as ferramentas geram um plano de acção e um plano de recomendações.

As pequenas e médias empresas e as mid caps são o motor da economia nacional, pelo que com esta sessão, a ACIB em parceira com a AEP e Norgarante, conseguiu de uma forma mais prática dar a conhecer, a empresários e gestores ferramentas para implementarem com confiança os seus planos rumo à descarbonização das suas operações, e como podem obter apoios para os implementar.

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