Minho

AGERE como a empresa municipal portuguesa com melhor resultado económico pelo quinto ano consecutivo

Foi apresentada, ontem, dia 7 de novembro, a 18.º edição do Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses 2021.

O estudo, da responsabilidade do Centro de Investigação em Contabilidade e Fiscalidade do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, e do Centro de Investigação em Ciência Política da Universidade do Minho, com o apoio da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC) e do Tribunal de Contas, classifica a AGERE como a empresa municipal portuguesa com melhor resultado económico, do universo das 144 entidades empresariais analisadas em 2021.

Este resultado, atingido pelo quinto ano consecutivo, “resulta de uma estratégia acertada que foi definida e desenvolvida pela empresa desde 2013, com otimização e utilização eficiente dos meios ao seu dispor, reduções de preços de compra, redução dos custos de financiamento, mas mais importante por reajustamentos/readaptações de processos e procedimentos internos, onde o papel de todos os trabalhadores tem uma preponderância acrescida e garantiu a eficácia, colocando a empresa num patamar de excelência, não descurando, contudo, a lógica de partilha destes mesmos resultados com os bracarenses”, refere Rui Morais, administrador da empresa.

Esta partilha resulta de um dos tarifários mais baixos do país e de investimentos que impactam na vida dos bracarenses.

Por um lado, “a AGERE realizou ao longos dos últimos 8 anos inúmeros investimentos, com o objetivo de melhorar a qualidade dos seus serviços em todas as áreas de atuação da empresa e assim garantir a excelência na qualidade da água que distribuí, o tratamento e manutenção das redes de águas residuais, a recolha eficaz de resíduos, a limpeza urbana, e os melhores cuidados com os animais que acolhe, num total de 45 milhões de euros no referido período”.

Segundo Rui Morais, “todos estes investimentos têm sido realizados sem qualquer repercussão no tarifário da empresa, e assim continuará a ser nos os próximos anos, mesmo considerando mais investimentos de grande relevância, como o de 30 milhões de euros na construção da nova ETAR do Este ou o de 4 milhões para implementação da recolha seletiva de resíduos orgânicos, ambos a realizar até ao final de 2023”.

Por outro lado, Braga é capital de distrito com a fatura dos serviços de água, saneamento e resíduos mais barata de Portugal continental, tendo como base o consumo médio de 15 m3/mês (180 m3 anuais), o estudo da DECO divulgado a 12 de janeiro revelou, ainda, que em todas as áreas analisadas Braga encontra-se abaixo da média nacional, ressaltando o facto que a nível do serviço de resíduos, para além de ser o mais barato e de a média nacional ser 105,91% mais alta, apresenta uma diferença a favor dos bracarenses de 21,62% para a segunda capital de distrito.

“Em termos históricos, importa referir que com este executivo, foi aprovado o alargamento da tarifa familiar da água a todos os agregados com quatro ou mais pessoas, medida que representou uma redução de 40 por cento no valor final da parcela da água”, acrescenta.

Para além da tarifa familiar, também a tarifa social sofreu alterações com o alargamento da base dos bracarenses que podem aceder a esta tarifa. A somar a estas alterações, houve ainda a redução de 12,5% para IPSS’s, e as Juntas de Freguesia passaram também a beneficiar de uma redução de 20% em fatura nos custos da AGERE.

As associações desportivas, com a reformulação dos escalões, tiveram uma redução do tarifário do serviço de água de cerca de 7%, em termos médios.

Para 2017 estava guardada, pela primeira vez na história da empresa, uma redução tarifária de 2,5%, medida que se repetiu em 2018.

E ainda no ano de 2020 mais de 77 mil consumidores da AGERE viram a sua conta de resíduos urbanos baixar.

“Resultado dos ganhos de eficiência dos últimos anos, a empresa municipal procurou sempre reduzir a diferença entre os preços reais do custo destes serviços e os valores que são cobrados aos consumidores, através da manutenção das tarifas e preços dos serviços de água, saneamento e resíduos no concelho, para todos os utilizadores, domésticos e não domésticos”.

“Esta medida traduz-se numa consolidação da evolução do referido tarifário, refletindo um ganho real nas faturas de todos os Bracarenses”.

Ao nível interno, foi ainda possível viver um momento histórico para a empresa, com o acordo de empresa celebrado entre a AGERE e os dois Sindicatos representativos dos trabalhadores SINTAP e STAL, que definiu entre outras medidas, o novo quadro de direitos e deveres e que passou a reger os mais de 530 trabalhadores da empresa, permitiu reduzir o período normal de trabalho para as 35 horas, um ordenado base fixado acima do mínimo nacional, e estabelecimento de um mecanismo de participação nos resultados da empresa (todos os trabalhadores com avaliação positiva passaram a receber um prémio sempre que empresa atinja um patamar mínimo de resultados líquidos).

Por outro lado, foi possível, fazer as atualizações “tão almejadas pelos colaboradores”, ao nível das tabelas remuneratórias, bloqueadas há mais de uma década.

Este acordo teve um impacto de mais de 1 milhão de euros nas contas da empresa, aqui também, sem qualquer repercussão no tarifário da empresa.

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