CURIOSIDADES

Ativista pinta-se de pássaro e marcha em Londres pelas aves ameaçadas

A ativista apresentou a petição ‘The Feather Speech’, que apela ao uso de tijolos com aberturas que permitam que as espécies em declínio consigam fazer ninhos, na construção de casas no Reino Unido.

Uma ativista britânica desfilou pela capital britânica pintada de pássaro, para alertar para o declínio da população de aves, como o andorinhão.

No sábado, Hannah Bourne-Taylor, de 36 anos, ‘encontrou poiso’ no Hyde Park, em Londres, com uma pintura corporal feita por Guido Danielle, retratando um pássaro.

A ativista apresentou a petição ‘The Feather Speech’, que apela ao uso de ‘swift bricks’ na construção de casas no Reino Unido. O objetivo é que a utilização de tijolos com aberturas permitam que as espécies em declínio, entre elas o andorinhão, o pardal, a andorinha-dos-beirais e ainda o esturnídeo, consigam fazer ninhos. Para ser debatida no parlamento britânico, terá de chegar às 100 mil assinaturas. Neste momento, conta com cerca de 5.500.

Hannah, que em 2018 cuidou de um pássaro deixando-o fazer um ninho no cabelo, falou em nome do andorinhão.

“Gritamos para que nos ajudem, para que olhem para cima e se lembrem de que partilham a vossa casa com outras espécies”, disse, acrescentando que, “entre as lutas que partilhamos, pedimos apenas uma coisa, um lugar seguro para descansar depois da nossa perigosa viagem até casa”, cita a BBC.

A jovem seguiu até à residência do primeiro-ministro, em Downing Street, onde leu uma carta destinada a Rishi Sunak.

“Por favor, reconheça que as nossas paredes também pertencem aos aventureiros. Por detrás do teatro desta campanha, há um problema sério de o desenvolvimento causar perda de biodiversidade. Estes vizinhos com penas não estão incluídos nas medidas de aumento de biodiversidade, apesar de estarem a enfrentar uma extinção nacional por nossa causa”, argumentou.

Mais de metade das espécies do Reino Unido desapareceram nos últimos 20 anos, principalmente devido à falta de locais para fazer ninhos, segundo Emma Marsh, diretora da Royal Society for Protection of Birds (RSPB), que, com a Rewriting Extinction, apoia a iniciativa.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *