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Ação pública em defesa da maternidade decorreu em Famalicão

Com o objetivo de defender a maternidade do Hospital de VN de Famalicão e o SNS, e reclamar medidas urgentes que contribuam para garantir a resposta que o Hospital de VN de Famalicão e as unidades do SNS no distrito de Braga devem dar às populações, a União de Sindicatos de Braga/CGTP-IN, os sindicatos que representam os trabalhadores da Saúde, o Movimento de Utentes dos Serviços Públicos e o Movimento Democrático de Mulheres realizaram uma Ação Pública, à qual se juntam os utentes e a população famalicense.

Uma iniciativa que contou com a participação da líder da CGTP-IN, Isabel Camarinha. Na concentração, os trabalhadores da saúde e utentes do SNS exigiram que o Governo tome imediatamente as medidas necessárias para suprir as necessidades existentes de forma a que o Hospital de VN de Famalicão possa garantir todos os serviços à população, e reafirmam o compromisso de continuar a mobilização de utentes e profissionais em defesa dos seus direitos e do SNS.

No distrito de Braga são muitas as necessidades de investimento no SNS. O encerramento temporário de especialidades nas urgências dos hospitais de Braga e Barcelos, a redução do horário de funcionamento dos Serviços de Atendimento Prolongado, as dificuldades de funcionamento de diversas unidades de cuidados primários de saúde e a degradação física de algumas estruturas de saúde confirmam isso mesmo.

“A ameaça que agora se verifica à Unidade de VN de Famalicão do Centro Hospitalar Médio Ave é grave, com a eventual proposta de encerramento da maternidade. Não esquecer que desde 2006, altura em que encerraram várias maternidades entre as quais a de Santo Tirso, que o Hospital de VN de Famalicão recebe as grávidas de VN Famalicão, Trofa e Santo Tirso”, refere a organização.

A Comissão de Acompanhamento da Resposta em Urgência de Ginecologia -Obstetrícia e Bloco de Partos foi criada em Junho deste ano com o objetivo de elaborar uma proposta de criação da Rede de Referenciação Hospitalar em saúde materna e infantil, sendo que responsabiliza o Estado pela proteção da saúde e preconiza, entre outros a proximidade da prestação de cuidados.

“O que tem acontecido é exatamente o contrário. Esta comissão tem proposto o encerramento de várias urgências obstétricas no país, sendo que no Distrito consideram o eventual fecho da urgência obstétrica do hospital de VN de Famalicão”.

E acrescenta: “apesar de ainda não haver decisões tomadas, a solução para a melhoria da resposta do SNS nunca pode passar pelo encerramento de serviços. Os cuidados de proximidade devem ser privilegiados, e o SNS não pode ser visto apenas à luz da perpetiva economicista, ao serviço de uma crescente privatização do SNS e no negócio da doença”.

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