Já são conhecidos os vencedores do Prémio Nacional BIG 2023
O júri constituído pelo artista e professor Daniel Lima (Presidente do Júri), pela jornalista Sara Figueiredo Costa, e por Sebastião Peixoto, artista vencedor do Grande Prémio BIG em 2021, deliberou:
a) atribuir o Prémio BIG Aquisição a André Ruivo, Emílio Remelhe, Cristina Sampaio, Mantraste e António Jorge Gonçalves, e destinado à continuação do desenvolvimento de um acervo municipal de ilustração portuguesa contemporânea, com base nos seguintes critérios: diversidade de linguagens e meios, qualidade das obras e cuidado na sua apresentação. O júri destaca que as escolhas realizadas contribuirão para que este acervo consolide a representatividade do panorama atual da ilustração portuguesa.
b) Atribuir o Prémio BIG Revelação a Inês Viegas de Oliveira cuja proposta se destaca pela coerência gráfica do conjunto, pela sua riqueza plástica e pela complexidade da composição, em que a personagem se vê imersa no mundo que vai desbravando e cujas camadas refletem as suas indecisões. O júri destaca ainda a capacidade para criar um universo próprio, capaz de desafiar e inquietar quem o olha e de suscitar diversas interpretações.
c) Atribuir o Grande Prémio BIG a Madalena Matoso, pela composição e pela elaboração plástica, capazes de dialogar com o texto e simultaneamente sustentar-se para além dele. Os trabalhos selecionados refletem o conjunto da sua obra, onde o trabalho cromático e uma ilusória simplicidade do traço compõem imagens extremamente complexas nas múltiplas camadas que dão a ler. O júri destaca ainda a mestria no trabalho das formas e a capacidade de enveredar por percursos gráfico-visuais sempre surpreendentes.
Na sua intervenção, Paulo Lopes Silva, vereador da Cultura, destacou o ecossistema criativo e cultural que Guimarães tem vindo a criar nos últimos anos, que permitiu que o paradigma de uma cidade consumidora de cultura tenha sido substituído pelo de uma cidade de formação e criação. Exemplos como o recuperado Teatro Jordão, onde são lecionados os cursos de Artes Visuais e Teatro, da Universidade do Minho, e a Escola de Música, do Conservatório de Guimarães, ou o trabalho de ligação entre a estrutura municipal, as políticas públicas, a Universidade e as associações foram apontados como um passo decisivo para que, hoje, a Bienal de Ilustração de Guimarães possa continuar a afirmar-se como uma plataforma de valorização da ilustração a nível nacional.
Paulo Lopes Silva deixou ainda claro que “valorizar o trabalho profissional” e as “carreiras” é um dos objetivos da BIG, e está convencido que esta nova dinâmica é impulsionadora de percursos artísticos nascidos em Guimarães.
As obras candidatas e vencedoras do Prémio Nacional BIG 2023 podem ser vistas no Palácio de Vila Flor, de 21 de outubro a 31 de outubro de 2023.
A BIG – Bienal de Ilustração de Guimarães é uma iniciativa da Câmara Municipal de Guimarães, com a produção da MOTOR – Produção Cultural – Cooperativa de Responsabilidade Limitada, C.R.L., com o objetivo de dignificar o papel dos ilustradores no desenvolvimento cultural, no campo da edição, livros, revistas, jornais, cartazes, suportes clássicos de comunicação de massas e no domínio das novas tecnologias, aliado à referência de Guimarães, como território de reconhecido interesse nacional e internacional, no movimento de fomento de massa critica e na criação na área da ilustração.
