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Câmara de Vila Verde avança com projeto pioneiro na área dos bioresíduos

A Câmara de Vila Verde vai avançar em abril com um projeto pioneiro na área dos bioresíduos, como revelou ao ‘Terras do Homem’, o vereador do Ambiente do Munícipio, Patrício Araújo. “Nós em conjunto com a Braval e municípios da CIM-Cávado vamos arrancar com um projeto piloto que irá abranger cerca de 800 habitações em Vila Verde a lançar no início de abril”.

Os bioresíduos são resíduos alimentares resultado da preparação das refeições assim como os restos de comida fora de prazo, bem como legumes, frutas, guardanapos de papel, sacos de chá, borras de café, tudo o que seja possível ser transformado. As pessoas em casa e também grandes produtores como restaurantes, IPSS, cantinas das escolas, quintas de evento e própria Misericórdia através do fornecimento gratuito por parte do Municipio de uns sacos de cor verde irão depositar estes resíduos nesse saco.

“As vantagens passam pela redução da deposição de resíduos em aterro, a produção de um fertilizante 100% natural e a terceira vantagem seria a produção energética a partir do biogás que resulta dessa decomposição e finalmente a potenciação da economia circular. Ora se houver menos deposição em aterro de resíduos, as pessoas também pagarão menos taxas”, alerta o Vereador.

O fertilizante irá ser produzido na Braval que fará o tratamento dos bioresíduos recolhidos pelo Município, que não pagarão a taxa correspondente, “estão isentos do seu pagamento”. O fertilizante natural será usado pelos aderentes e pelo próprio Município seja para jardins ou produção agrícola.

Este projeto resulta de uma candidatura ao Fundo Ambiental, “temos que o por em prática até junho e depois a ideia é começar com 800 residências e grandes produtores e ir disseminando o projeto pelo resto do concelho, a começar pelas áreas urbanas e numa fase posterior para as áreas rurais”.

Os sacos terão uma cor verde própria, serão fornecidos pelo Município, ou seja, as pessoas põem no mesmo contentor onde põem o resto do lixo que não é passível de ser reciclado, e depois a Braval, através de um sistema ótico, faz a separação. A câmara entrega diretamente ou as pessoas irão à junta de freguesia buscar os sacos, em quantidade suficiente para dois meses. Estima-se que cada saco dure dois dias, isto é, dia sim dia não depositam o saco com os restos no contentor, “para dois meses forneceremos 30 sacos”.

“Temos um apoio do Fundo Ambiental para iniciar o projeto, e se conseguiremos os objetivos e acho que iremos conseguir por são fáceis de atingir, eles irão continuar a financiar a aquisição de sacos e contentores”, finaliza Patrício Araújo.

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