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Armand Hammer preparam-se para concerto explosivo em Braga

Armand Hammer, a união incendiária de billy woods e ELUCID, chega em alta a Portugal, depois do lançamento do arrebatador We Buy Diabetic Test Strips (2023). Incorporando samples e elementos de géneros como o noise, jazz, soul, punk, rock e eletrónica, billy e ELUCID – o nome artístico de Chaz Hall – têm-se destacado como duas das mentes mais inovadoras e criativas a trabalhar o hip hop na última década. Na sua música, a dupla guia-nos pelos meandros da vida no século XXI, catalogando injustiças e contradições através de “barras” densas e politicamente carregadas.

O sexto e mais recente disco, lançado em outubro do ano passado (e reeditado em fevereiro deste ano), amplificou ainda mais o nome Armand Hammer, que recebeu rasgados elogios de publicações como The Quietus, Brooklyn Vegan, Pitchfork, Crack, Vulture, The Observer e The Guardian.

Sedeados em Nova Iorque, os caminhos de billy e Chaz cruzaram-se pela primeira vez em 2012, no mítico History Will Absolve Me, de billy woods. Gravado na cozinha de Willie Green, o engenheiro de som da Backwoodz Studioz – a editora fundada por woods em 2002 –, este trabalho ficou na História do hip hop, não só pela produção exímia e pela lírica potente, mas também por manter a editora do MC viva e registar a primeira colaboração entre billy e ELUCID.

Partilhando os versos das canções Freedmen’s Bureau e Sour Grapes, a entrega precisa de ELUCID jogava na perfeição com atitude ensandecida de billy woods.

Como manda qualquer colaboração de sucesso, os dois juntaram-se para formar Armand Hammer, que nasceu, em 2013, com a mixtape Half Measures e o álbum Race Music.

Nos anos seguintes, billy woods e ELUCID continuaram a crescer no underground nova-iorquino, estabelecendo-se, cada um em seu direito, como duas das figuras mais importantes da cena do hip hop alternativo e independente da metrópole norte-americana.

Continuaram a lançar música juntos e a aparecer como convidados em praticamente todos os projetos que lançavam. Esta parceria, mesmo fora de Armand Hammer, tornou-se numa das mais prolíficas do hip hop e dura até aos trabalhos mais recentes em nome próprio, como Maps, de billy woods com Kenny Segal (2023), e no futuro REVELATOR (2024), de ELUCID – que será lançado poucos dias depois da passagem por Portugal.

Em 2017, voltaram a unir-se em Armand Hammer para lançar o muito elogiado ROME. Impulsionado por este sucesso, e com uma visão clara do que este pseudónimo podia ser, editaram mais quatro discos fenomenais, todos eles destacados e muito aplaudidos pela crítica, Paraffin (2018); Shrines (2020 – cuja capa é uma fotografia do caricato incidente do tigre Ming de Harlem –; Haram (2021), em parceria com o produtor the Alchemist, uma lenda viva do hip hop; e, mais recentemente, voltaram a fazer tremer o mundo com We Buy Diabetic Test Strips (2023).

No seu arsenal de colaborações, encontramos uma extensa e variada lista de nomes, desde rappers e MCs a músicos, instrumentistas e produtores, entre os quais Earl Sweatshirt, JPEGMAFIA, El-P, Moor Mother, Kenny Segal, Shabaka Hutchings, Pink Siifu, DJ Haram, keiyaA, Benjamin Booker, Child Actor, Black Noise ou o supramencionado the Alchemist.

Depois de uma primeira passagem pela Europa este ano – que contou com um concerto, DJ set e ainda showcase para a Red Sound – no Primavera Sound de Barcelona, e depois de billy woods subir a palco em nome próprio no festival homónomo realizado no Porto, Armand Hammer regressa agora a território nacional para dois concertos. O primeiro, é a 2 de outubro, quarta-feira, às 21h30, no gnration.

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