Em 2025, desenha-se um novo festival de arquitetura e arte em Braga
No ano em que Braga é Capital Portuguesa da Cultura, ergue-se a Forma da Vizinhança, um festival de arquitetura e arte que parte da análise ao crescimento urbano da cidade, após o 25 de Abril, para fomentar o sentido de vizinhança através da criação e instalação de oito estruturas temporárias dispersas por outros tantos espaços circundantes ao centro histórico de Braga. Entre junho e novembro, o festival desenrola-se nestes locais e tem inauguração marcada para 31 de maio.
As urbanizações do Fujacal, das Fontainhas, da Quinta da Capela, das Parretas e da zona da Makro, bem como as hortas urbanas da Quinta da Armada, das Lameiras e de S. Vicente, foram os lugares escolhidos para receber as estruturas onde a programação da Forma da Vizinhança vai acontecer.
Na primeira fase do festival, ao longo de 2024, procurou-se estudar a “forma” de Braga, realizando oficinas de auscultação à comunidade. O objetivo era perceber como se vive nestes oito locais e conhecer as suas comunidades, humanas e não humanas, que neles habitam, as dinâmicas de vizinhança e as histórias que povoam os lugares.
Cada uma das estruturas foi projetada por arquitetos ou coletivos de arquitetos, desafiados pelo festival a desenvolver uma peça específica que responda e se relacione com estes espaços e os seus habitantes. O trabalho de auscultação da primeira fase serviu de inspiração às propostas que serão implantadas nestes locais e que foram desenhadas pelas mãos dos arquitetos Manuel Bouzas, Parto Atelier, Patricia da Silva, Nuno Melo Sousa, ATA Atelier, LIMIT Architecture Studio, RAM, Atelier Local.
As estruturas temporárias da Forma da Vizinhança são inauguradas a 31 de maio e ficam disponíveis até ao final de novembro, período em que serão ocupadas por ações e ativações artísticas pontuais, procurando promover a relação com a população, incentivando a sua ocupação e utilização e promovendo o encontro entre vizinhos.
Cada uma destas estruturas albergará uma residência artística, inserida na programação do festival, a cargo de um artista — Zabra, Gustavo Ciríaco, Frame Colectivo, A Recoletora, Soraia Gomes Teixeira, Landra, Inês Neto dos Santos e Daniel Parnitzke — e desenvolvida em colaboração com a comunidade local.
A Forma da Vizinhança surge pela mão do atelier de investigação em arquitetura Space Transcribers, coordenado pelos arquitetos Daniel Duarte Pereira e Fernando P. Ferreira e sediado em Braga desde 2015.