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Arquidiocese abre processo a padre que confessou relações sexuais com adolescente

A Arquidiocese de Braga da Igreja Católica vai abrir um inquérito no Tribunal Eclesiástico a um padre que confessou, num inquérito-crime, ter mantido relações de cariz sexual com um adolescente, entre 2016 e 2018.

O responsável pela comunicação do organismo religioso, padre Paulo Terroso, disse ao JN que o processo aberto ao sacerdote suspeito não depende da decisão a proferir em sede de instrução do processo. “O inquérito avança, a não ser que o padre renuncie”, sublinhou.

O processo-crime prende-se apenas com alegados crimes de pornografia de menores e posse de arma probida, já que o adolescente, que reside em Amares e entretanto atingiu a maioridade judicial ao fazer 16 anos, se recusou a apresentar queixa sobre os alegados crimes de abuso sexual de adolescente.

O semanário SOL escreve na sua edição de hoje que o padre em causa, então a paroquiar em Terras de Bouro, terá conhecido o jovem na rede social Facebook, onde tinha uma página sem se identificar como sacerdote. Atualmente, está suspenso de funções.

O rapaz ter-lhe-á pedido amizade, e os dois começaram a encontrar-se, tendo-lhe o padre dito que devia experimentar ter relações com outro homem, o que terá acontecido na própria casa paroquial.

A partir daí – diz ainda a publicação –, trocavam mensagens amorosas e fotos de órgãos sexuais e saíam juntos, tendo chegado a almoçar num centro comercial em Braga e num outlet em Vila do Conde.

Em 2018, o padre terá acabado com a relação. Mas o caso chegou ao conhecimento da justiça, tendo a Polícia Judiciária de Braga ido à casa paroquial, onde encontrou provas de pornografia de menores e de posse ilegal de armas. No entanto, a alegada vítima recusou-se a apresentar queixa contra o padre.

Outro processo
Além deste caso, o padre, hoje com 53 anos, está acusado pelo Ministério Público de 18 crimes de abuso de menores, que terão sido denunciados pela mãe de três deles, a quem o padre terá exibido o pénis.

Este caso foi, depois, encaminhado pelo atual Arcebispo, D. José Cordeiro, para o Ministério Público.

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