Preventiva para suspeito de matar jovem à porta de Bar Académico em Braga
O principal suspeito de matar um jovem de 19 anos após uma rixa à porta do Bar Académico em Braga ficou em prisão preventiva, após ser ouvido, este domingo, pelas autoridades competentes.
Em declarações aos jornalistas, em Famalicão, António Falé de Carvalho, advogado do suspeito – Mateus Machado – explicou que “ainda faltam determinadas investigações para ter noção mais completa da situação”, nomeadamente, a identificação do ADN na arma do crime.
“Tendo em conta alguns indícios que existem, foi a prisão preventiva”, afirmou, detalhando que estes indícios foram oculares.
Questionado sobre se a falta dos resultados do sangue encontrado na faca ou a inexistência – para já – de imagens de videovigilância no processo deixam ‘esperanças’ para que o suspeito, de 27 anos, seja ilibado, o advogado respondeu: “Claro que sim. é uma das esperanças que temos. Os depoimentos oculares não são todos onde está indiciado. São poucos. Muito poucos até”, detalhou.
“Há mais provas que vêm a caminho e que podem ajuizar a veracidade desses depoimentos”, acrescentou, dizendo que teria sido pouco o tempo para ver o processo e que este agora iria ser analisado com rigor para um eventual recurso.
Defesa diz que “faca era da vítima” e algumas testemunhas tinham “fumado erva”
Aos jornalistas, António Falé de Carvalho falou ainda acerca do ‘peso’ das testemunhas oculares neste processo e, sublinhando que não estava a desculpar ou a agravar testemunhos, algumas das pessoas no local “tinham fumado erva”.
Mas é este mesmo grupo de testemunhas que podia não estar “em condições”, segundo o que explica, que aponta algo que será agora o advogado vai ver com mais rigor, e que consta no processo: “A faca era da vítima. Quem levou a faca para a cena do crime foi a vítima e não o agressor. Consta do processo; uma testemunha disse claramente que a faca não era de nenhum agressor”.
Considerou que o facto de ter ido para Castelo de Branco é perigo de fuga, a defesa discorda completamente. Se ele tivesse querido fugir, tinha fugido no próprio dia. Não era passado dois ou três dias”.