Amares

Novo preçário das piscinas de Amares divide executivo municipal

O novo preçário das piscinas de Amares, que reflete o valor da inflação, passando a custar mais cerca de 50 cêntimos aos utilizadores dividiu o executivo municipal. A reunião de câmara de hoje foi liderada pelo Vice-Presidente, João Januário, que teve de usar o voto de qualidade para poder aprovar a proposta. Os vereadores do PS e o independente Álvaro Silva votaram contra, tendo Rui Tomada votado ao lado de João Januário e Cidália Abreu.

Delfim Rodrigues, do PS, justificou o voto contra “para não faltar ao respeito a todas as pessoas que me falam sobre a temperatura da água, que não é a adequada ou pela diferença térmica nas instalações”. Por isso, o socialista defendeu que “antes de fazere qualquer atualização dos preços, o executivo deveria criar todas as condições para que as pessoas frequentassem a piscina sem problemas”.

Delfim Rodrigues acrescentou, ainda, que o voto contra se referia à piscina coberta, “uma vez que em relação às piscinas ao ar livre de Amares e Caldelas, não temos nada a dizer. Mas uma vez que os tarifários vêm todos juntos achamos por bem votar contra”.

Tanto Elisabete Cunha (PS), que susbititui Pedro Costa, como Álvaro Silva (independente) secundaram as declarações de Delfim Rodrigues..

O também independente Rui Tomada entrou por um caminho diferente e referiu que “só vamos ter qualidade num serviço se pagarmos o preço justo por ele. Estar a pedir isenções e depois pedir qualidade parece-me se são duas coisas que não casam bem”.

Explicação do Município

O técnico municipal responsável pelas piscinas, Martinho Antunes, defendeu a proposta começando por apelar à responsabilidade pública dos vereadores da oposição: “não se pode andar na praça pública e nas reuniões de câmara a dizer coisas que não são verdade. Os números de Novembro, em termos de frequência de pessoas, são os mais elevados desde a reabertura das piscinas, com 93/94% de ocupação”.

Sobre a questão da temperatura da água, Martinho Antunes voltou a pedir alguma contenção: “por questões de saúde pública não podemos passar os 30 graus. Todas as semanas, a delegação de saúde faz análises à água e se estiver acima dos 30 graus, fica no relatório e temos que corrigir a situação”.

No entanto, o técnico municipal reconhece que “há diferenças térmicas na água, no acesso às piscinas e nos balneários, problemas que já tínhamos identificado e que muito em breve vão ser resolvido”. A adjudicação da obra será ocorrer em breve e irá passar pela instalação de 12 aparelhos de ar condicionado e o reforço da bomba de calor.

Intervenções que segundo João Januário deverão estar concluídas no primeiro trimestre de 2026. Depois destas explicações, os três vereadores mantiveram o seu voto contra, tendo Rui Tomada optado pelo voto favorável, o que levou o presidente em exercício a ter que utilizar o voto de qualidade para fazer passar a proposta.

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