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Cooperativa cultural A Oficina vê 6 candidaturas aprovadas no âmbito do Programa Regional do Norte

No seguimento da aprovação de 6 candidaturas apresentadas no âmbito do Programa Regional do Norte (NORTE2030), a cooperativa vimaranense A Oficina vai implementar vários projetos artísticos e culturais que ascendem a um investimento global no valor de 1 714 504,50 €, para valorização do património, da cultura e do turismo sustentável, enquanto bases do desenvolvimento económico, da inovação e inclusão social.

Entre os objetos dos 6 projetos cofinanciados, encontra-se a qualificação e modernização do espaço museológico da Casa da Memória de Guimarães, com um investimento de 959 981,17 €, enquanto equipamento da recém criada Rede de Museus de Identidade Territorial; a promoção e valorização social e económica, simbólica e cultural de Produções Artesanais Tradicionais como o Bordado de Guimarães e a Cantarinha dos Namorados; a criação do Centro de Documentação Digital do Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG), através da digitalização e divulgação das obras do artista José de Guimarães e das suas coleções; bem como a atualização e melhoria dos equipamentos técnicos do Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG) e do Centro Cultural Vila Flor (CCVF).

Numa altura em que a Casa da Memória de Guimarães (CDMG) se prepara para completar uma década de existência, este financiamento vai permitir a qualificação e modernização deste importante equipamento cultural da rede museológica da Região Norte. Como centro de interpretação e conhecimento que contribui para um melhor conhecimento da cultura, território e história de Guimarães, das pessoas de diferentes origens e mentalidades que a fizeram e fazem, trabalhando com e para a comunidade, será assim possível dotar o espaço museológico da CDMG de uma grande melhoria técnica e tecnológica, evoluindo as suas condições interativas e de interpretação, convidando à participação da comunidade e dos seus visitantes (nacionais e internacionais), bem como ampliar a aposta crescente na dinamização de atividades de mediação patrimonial direcionada às escolas e ao público em geral.

No âmbito das Artes Tradicionais promovidas pel’A Oficina, também a preservação e valorização social e económica, simbólica e cultural de Produções Artesanais Tradicionais da Região Norte como o Bordado de Guimarães e a Cantarinha dos Namorados são alvo destes projetos, incentivando a inovação social e a inclusão social, ao proporcionar o encontro de interpretações contemporâneas e multidisciplinares destes produtos tradicionais, através de iniciativas diversas como por exemplo o desenvolvimento de ferramentas web de criação de desenhos de Bordado de Guimarães e um encontro literário que incentiva a produção de poemas ou textos em prosa poética relacionados com a Cantarinha dos Namorados, criando assim um ecossistema económico sustentável em torno destas artes tradicionais, envolvendo diferentes setores empresariais na sua promoção e comercialização, garantindo simultaneamente a preservação da sua autenticidade e valor cultural.

Estes projetos apoiados pelo NORTE2030 visam igualmente contribuir para a transição digital do Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG), através da digitalização e divulgação das obras do artista José de Guimarães e das suas coleções, ampliando e melhorando a experiência de interação digital (online e presencial) entre o público (cada vez mais amplo e diversificado) e estas obras. Com esta digitalização, serão, por um lado, salvaguardadas as obras e, por outro, será multiplicado o potencial da sua utilização por investigadores, criativos, educadores e público em geral, nacional e internacional; e será também possível a aposta na melhoria das condições de visita com o desenvolvimento e partilha de conteúdos mais inclusivos, através de material de Língua Gestual Portuguesa e audiodescrição, promovendo um crescendo da acessibilidade, da literacia cultural e da educação para os media.

Ainda no âmbito destas candidaturas agora aprovadas, estão também incluídas modernizações e desenvolvimentos técnicos das infraestruturas do Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG) e do Centro Cultural Vila Flor (CCVF), no sentido de aprimorar os seus equipamentos técnicos e serviços, gerando boas práticas na transição digital, sustentabilidade ambiental, inclusão e acessibilidade física, social e intelectual.

Guimarães e os equipamentos culturais geridos pel’A Oficina ampliam, assim, a sua capacidade de preservação, valorização e promoção do património artístico e cultural, com um renovado e elevado impacto regional, nacional e internacional.

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