CURIOSIDADES

Trostsky morreu com uma machadada fatal e agora é possível ver a arma do crime

O machado de gelo que matou Leon Trotsky está agora entre as exposições premiadas no International Spy Museum de Washington. Depois de anos desaparecida, a arma pode agora ser contemplada pelos amantes de crimes.

Leon Trotsky, o revolucionário político russo que desenvolveu a variante de marxismo conhecida como Trotskismo, foi assassinado a 20 de agosto de 1940 com uma machadada fatal na parte de trás da cabeça. Mas esta não foi a primeira vez que o tentaram matar — em maio do mesmo ano, Trotsky já tinha sofrido um atentado a tiro no seu retiro no México.

Alguns anos após a sua morte, a casa de Trotsky, no bairro de Coyoacan, foi transformada num museu. No local encontra-se o seu túmulo, uma foice e um martelo. Tudo se mantém intacto: os postos de observação, os muros, e os buracos de bala deixados na primeira tentativa de assassinato.

Contudo, ao longo dos anos, a arma do crime andou desaparecida. Keith Melton, um historiador da CIA que correu o mundo para reunir uma coleção de ferramentas macabras das artes de espionagem, demorou quase quatro décadas para descobrir o machado de gelo que Ramon Mercader usou para matar Trotsky, a mando de Estaline.

De acordo com o Raw Story, logo após o assassinato de Trostsky, o historiador rumou ao México e a Moscovo, na tentativa de encontrar pistas sobre o paradeiro da arma e perceber melhor os contornos do acontecimento.

Trotsky nunca deixou a sua casa na capital mexicana, onde se exilou. Contudo, o assassino, Mercader, conseguiu infiltrar-se. Com o tempo, começou a ganhar a confiança do núcleo do político, e já conseguia entrar e sair do complexo sem ser revistado. Desta forma, conseguiu executar o que há muito vinha a planear.

Contudo, o atentado não ocorreu como planeado: o machado atingiu profundamente o crânio de Trotsky, mas não o matou imediatamente. Mercader acabou por ser preso. Ainda assim, o assassino “tinha uma habilidade rara para lidar com o piolet (machado de gelo)“, como garantiu depois à polícia.

Trotsky morreu no hospital no dia seguinte. Porém, depois de ser exibida numa conferência de imprensa da polícia, a arma do crime desapareceu. Melton teve acesso a vários machados supostamente originais, incluindo um, numa exposição de um museu de Praga. Contudo nenhum era correspondente à marca ou ao modelo que procurava.

Apenas em 2005 a filha de uma ex-polícia mexicana, Ana Alicia Salas, revelou que tinha mantido o machado debaixo da cama durante todos estes anos. Depois de uma análise, o historiador norte-americano acabou por comprar o objeto para junta-lo à sua coleção.

Em conjunto com um cientista forense do FBI, Melton percebeu que no objeto “ainda havia vestígios da impressão digital sangrenta“. Esta foi a peça chave para garantir que aquele era mesmo o machado que matou o revolucionário russo.

Agora, a arma do macabro crime pode ser vista no International Spy Museum, em Washington.

ZAP //

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