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Dia do Município em Terras de Bouro comemorado de forma singela mas com esperança no futuro

Foi a citar Pedro Abrunhosa que o Presidente da Câmara terminou o discurso que, simbolicamente, comemorou o 506 aniversário da fundação do Município de Terras de Bouro. Numa cerimónia singela com o hastear das bandeiras, o discurso do autarca dividiu-se em três partes: uma dedicada aos tempos atuais, outra aos homenageados que viram ser adiado o seu reconhecimento público e outra a projetar o futuro.

“Atualmente o mundo está em estado de alerta devido a COVID-19 e o Governo Português decretou estado de calamidade até 31 de outubro, devido à pandemia. Foram implementadas medidas para conter o avanço do contágio. O isolamento social foi adotado e o teletrabalho foi a medida encontrada para a continuidade da atividade laboral em muitas semanas do nosso dia-a-dia, com exceção dos serviços essenciais que continuam na lida diária. O desemprego a crescer, as empresas com muitas dificuldades, as famílias sem saber o que acontecerá manhã.

Os nossos idosos, os jovens e as crianças, todos nós aprender a viver com esta pandemia. A ausência das visitas ao Lares e aos Pais, Centros de Dia fechados ou abertos com uma enorme redução, criando ainda mais isolamento, o não acesso á Saúde, que a todos afeta neste momento. Tudo se está a tornar difícil e com um futuro incerto”, referiu o autarca.

A Câmara Municipal de Terras de Bouro apresentou um programa comemorativo para este dia que tinha como um dos pontos altos desta comemoração a Homenagem a título póstumo a Carlos Alberto Pereira, antigo funcionário da Câmara Municipal e ilustre e reconhecida personalidade da sociedade terrabourense, falecido no passado dia 10 de janeiro de 2018.

Manuel Tibo lembrou o percurso de Carlos Pereira reservando para posterior data a homenagem que irá atribuir a medalha de honra em Ouro do Concelho e o seu nome a uma Rua.

Numa mensagem de esperança, o autarca disse acreditar que “o futuro está nas nossas gentes, nas empresas, nos campos, mas também, e muito, na educação, na cultura e no turismo. Todos os dias que acredito que a nossa terra tem futuro, que é possível vencer esta interioridade”.

Terras de Bouro “é do interior minhoto rural e desertificado, assiste à sua agricultura tradicional e de subsistência a desaparecer, mas arrisca seduzir gente nova para povoar as nossas aldeias, quer a baixo, quer acima da Geira. Esta GEIRA, que nos marca, que nos acompanha e que nos indica o futuro, tal como aqui em Moimenta, por onde passa, que se escreve várias páginas do nosso concelho. É nas nossas freguesias, que cresce o saber e se lembra e celebra as nossas tradições”.

“De que serve ter o mapa Se o fim está traçado / De que serve a terra à vista Se o barco está parado,/ De que serve ter a chave Se a porta está aberta, /De que servem as palavras Se a casa está deserta?”, foi com estas palavras de Abrunhosa que Manuel Tibo acabou o seu discurso.

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