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Colóquio na UMinho aborda os populismos, desde Trump a Bolsonaro

O Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho (CEHUM) organiza esta quinta e sexta-feira o 22º Colóquio de Outono, sob o tema “Populismos e suas linguagens”, em cehum.ilch.uminho.pt/xxiico.

O evento conta com três conferencistas convidados e com especialistas de vários países, que vão abordar os discursos de Presidentes da República como Marcelo Rebelo de Sousa, Jair Bolsonaro e Donald Trump, mas também os populismos nas redes sociais ou associados à xenofobia, à desobediência civil ou ao autoritarismo justificado pela economia, entre outros.

“Os populismos são uma preocupação séria no mundo atual e este encontro científico internacional quer contribuir para a literacia política, aprofundando as raízes do fenómeno, pela análise dos discursos em que ocorre, dos múltiplos sentidos que veicula e dos modos como se manifesta”, explica Aldina Marques, da organização do evento.

E dá o exemplo das eleições presidenciais nos EUA, para evidenciar a importância do tema: “Se Trump não ganhar, e parece estar próximo de repetir o resultado de há quatro anos, perderá por muito pouco, o que tem, em qualquer dos casos, uma leitura clara – a ideologia nacionalista de cariz populista que o levou ao poder em 2016 está a sedimentar-se”.

Esta professora do Instituto de Letras e Ciências Humanas (ILCH) da UMinho vai estar na sessão de abertura do Colóquio de Outono, quinta-feira, às 10h00, a par da presidente do ILCH, Isabel Ermida, e da diretora do CEHUM, Cristina Flores. O programa geral tem como oradores principais Carla Prestigiacomo, da Universidade de Palermo (Itália), Catalina Fuentes Rodríguez, da Universidade de Sevilha (Espanha), e António Costa Pinto, da Universidade de Lisboa.

As 24 intervenções previstas nos dois dias incluem igualmente temas como o ser e fazer no discurso político português, o papel das emoções e do corpo, o “dizer-verdadeiro”, a islamofobia, a imprensa “mentirosa”, os movimentos de cidadania, as “máscaras da pandemia” e ainda incursões pela realidade de vários territórios do mundo.

A iniciativa associa-se à Rede Memità, que analisa modelos discursivos nos media e junta instituições de nove países, como Itália, Alemanha, Marrocos, Ucrânia, Cuba e Portugal.

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