DestaqueTERRAS DE BOURO

Diretor da PJ do Norte elogia colaboração alemã no caso do sequestro no Gerês

O diretor nacional adjunto da Polícia Judiciária, responsável também pela Diretoria do Norte da PJ, Norberto Martins, elogia “a colaboração permanente das autoridades alemãs” com a PJ na resolução do caso do sequestro no Gerês.

“Mesmo numa época de pandemia mundial nunca se pouparam a esforços, assim como os nossos investigadores não esmoreceram em momento algum, através de um trabalho de sapa, permitindo assim que crimes com tanta gravidade não fiquem impunes”.

O mandado de detenção europeu foi cumprido através da Europol, sendo que depois da provável condenação, o cadastrado, Gerhard Branz, cumprirá a sua pena de prisão na Alemanha, segundo as regras de reciprocidade europeias ratificadas entre os dois países.

Tal como o ‘Terras do Homem’ noticiou, a Polícia Judiciária deteve o alemão que havia deixado a namorada amarrada, na Serra do Gerês, após sevícias sexuais. Está em prisão preventiva, indiciado pelos crimes de tentativa de homicídio, sequestro, abuso sexual de pessoa incapaz de resistência e burla informática.

Através de uma investigação criminal, que durou cerca de dois anos, uma vez que as autoridades não sabiam quem era o suspeito, o trabalho de sapa da Diretoria do Norte da Polícia Judiciária, auxiliada pela congénere alemã, BKA, levou à detenção, com ampla prova comprometedora, do suspeito dos crimes.

O detido, que será julgado pelo Tribunal Criminal de Braga, é Gerhard Branz, de 55 anos, com cadastro por crimes de roubo, na cidade alemã onde foi encontrado, em Duisburg.

Na semana passada foi apanhado, sem ter tempo de reagir, pela BKA, na presença de inspetores da Secção Regional de Combate a Terrorismo e a Banditismo, da PJ do Norte.

A jovem, de 28 anos, também com nacionalidade alemã, que em fevereiro de 2019 veio para Portugal, acompanhada do suspeito, com a promessa de ser ajudada com um trabalho em Portugal, acabaria por cair nas garras do cadastrado.

Hospedados numa casa de turismo rural, na vila termal do Gerês, em Terras de Bouro, a jovem foi convencida pelo compatriota a desfrutar “momentos de intimidade” em ambiente serrano. Acabaria por ser abandonada com os olhos vendados, amordaçada, com algemas, em redor de tronco de árvore, sujeita às baixas temperaturas e a ser atacada e morta por animais selvagens.

O suspeito fugiu com os cartões bancários da vítima e chegou a realizar levantamentos.

A jovem alemã seria salva por futebolistas do Grupo Desportivo do Gerês, que a 500 metros faziam o seu treino habitual.

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