CURIOSIDADES

Nova árvore genealógica de Da Vinci revela 14 descendentes ainda vivos

A nova árvore genealógica pode vir a ajudar os cientistas a determinar se os restos mortais enterrados numa capela francesa pertencem ao artista italiano.

Os historiadores Alessandro Vezzosi e Agnese Sabato passaram mais de uma década a traçar a genealogia de Leonardo da Vinci. O mapa estende-se por 690 anos, 21 gerações e cinco ramos de família, conta o site Live Science.

No novo estudo, publicado a 4 de julho na revista científica Human Evolution, a dupla utilizou documentos históricos de arquivos, bem como relatos de descendentes ainda vivos, para rastrear os cinco ramos da sua árvore genealógica. Segundo os historiadores, o artista italiano fez parte da sexta geração de da Vincis.

Tal como recorda o mesmo site, investigar a história da família de Da Vinci é difícil porque apenas um dos seus pais pode ser devidamente rastreado. Nascido fora do casamento, Leonardo da Vinci é filho do advogado florentino Ser Piero da Vinci e de uma camponesa chamada Caterina.

Uma anterior pesquisa de Martin Kemp, historiador de arte da Universidade de Oxford, sugeriu que Caterina era, à data do nascimento de Da Vinci, uma órfã de 15 anos. Aos cinco anos de idade, o jovem foi levado para a cidade italiana de Vinci (de onde a sua família aproveitou o sobrenome) para morar com os avós.

Quando o renascentista morreu, em 1519, não tinha filhos conhecidos e os seus restos mortais acabaram perdidos, o que significa que não havia ADN fidedigno para analisar. Como resultado, partes da sua descendência ficaram envolvidas em mistério.

O artista foi supostamente sepultado na capela de Saint-Florentin, em França, que ficou em ruínas depois da Revolução Francesa e acabou por ser demolida. Há quem diga que um esqueleto foi exumado do local e levado para a capela Saint-Hubert, nas proximidades, mas se este pertence realmente, ou não, a Da Vinci não se sabe.

A nova árvore genealógica, que começa em 1331 com o patriarca da família Michele, revelou 14 parentes vivos, do sexo masculino, com uma grande variedade de profissões, desde trabalhadores de escritório, um chef pasteleiro, um ferreiro, um estofador, um vendedor de porcelana e um artista.

Agora, os investigadores querem determinar se os restos mortais da capela francesa pertencem a Da Vinci, ao comparar o cromossoma Y nesses ossos com o mesmo cromossoma dos parentes masculinos encontrados. Isto porque, segundo os investigadores, o cromossoma Y é passado de pai para filho e fica praticamente inalterado por até 25 gerações.

Além disso, encontrar fragmentos do código genético de Da Vinci pode ajudar os historiadores da arte a verificar a autenticidade de obras de arte e notas supostamente criadas por este “génio” do Renascentismo, comparando o ADN descoberto com os vestígios de ADN encontrados nas peças.

ZAP //

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