NACIONAL

63% dos encarregados de educação estão preocupados com a segurança sanitária no regresso às aulas

As férias estão a chegar ao fim e para grande parte dos portugueses é hora de começar a preparar o novo ano letivo. Neste novo ano escolar, com a maioria da população adulta vacinada e com a vacinação dos mais novos a decorrer, os encarregados de educação parecem esperar que este seja um ano mais tranquilo para alunos, professores, profissionais das escolas e as suas famílias.

Ainda assim, porque o início de um novo ano letivo pode ser sinónimo de alguma ansiedade, o estudo do Observador Cetelem Regresso às Aulas 2021 procurou saber quais as principais preocupações dos encarregados de educação e revela que a segurança sanitária, devido à pandemia da COVID-19, continua no centro das preocupações (63%), seguida da adaptação dos alunos a uma nova escola/turma (38%), nomeadamente para aqueles com estudantes a frequentar o ensino pré-escolar (72%).

A recuperação da aprendizagem perdida nos anos letivos anteriores (33%) é outra das preocupações, principalmente para quem tem estudantes a seu cargo a frequentar o secundário (52%), no ensino básico e no ensino superior (46% respetivamente).

Apesar destas preocupações, 8 em 10 encarregados de educação acreditam que o ano letivo 2021/2022 vai correr melhor que o anterior, sendo que 18% revelam otimismo ao afirmarem que vai correr muito melhor. 17% dos inquiridos esperam que seja igual ao ano anterior.

Ensino remoto e presencial: uma possibilidade?
Nos anos letivos anteriores foi necessário, durante alguns períodos, recorrer ao ensino à distância, no entanto, este não obteve uma avaliação positiva, de acordo com os inquiridos no último Barómetro Europeu do Observador Cetelem. Apesar disso, 65% dos encarregados de educação inquiridos consideram que o ensino misto (presencial e remoto) poderia ser uma opção nas zonas do país com menor oferta educativa.

Quando questionados sobre quais os ciclos escolares em que no futuro poderia fazer mais sentido adotarem este regime, 41% dos inquiridos mencionam o ensino secundário e 40% o 3.º ciclo. No entanto, 23% dos inquiridos referem que o ensino misto não faria sentido em nenhum ciclo de ensino. A recetividade a esta possibilidade é maior entre encarregados de educação com estudantes a frequentarem o ensino universitário (61%) e menor no pré-escolar (21%) e no 1º ciclo (23%).

Os inquiridos do Porto são os que concordam mais com a possibilidade de ensino misto nessas circunstâncias (83% Porto vs. 58% Lisboa). Fazendo um zoom às regiões, apesar de na região Centro apenas 56% dos indivíduos concordar com este regime, nesta região 46% dos inquiridos veem no ensino misto uma possibilidade no ensino secundário e 43% no ensino superior.

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