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1ª Fase da Ecovia de Souto, em Terras de Bouro, já está em concurso público

A câmara de Terras de Bouro já lançou o concurso público para a construção da 1ª fase da Ecovia de Souto que irá ligar aquela freguesia à Ponte de Pesqueiras. Uma empreitada avaliada cerca de 400 mil euros. Todo percurso será feito através de um passadiço devidamente sinalizado.

Segundo o concurso público, depois de adjudicada a obra terá um prazo de 180 dias para estar concluída. A ecovia de Souto, num total de cerca de 5 quilómetros, está inserida na Ecovia do Homem que liga Terras de Bouro a Vila Verde e que depois entronca na Ecovia do Cávado até Esposende.

Nesta primeira fase, segundo explicou o presidente da câmara de Terras de Bouro, ao ‘Terras do Homem’, estão contemplados trabalhos de limpeza do terreno, desmatação e abate de árvores; demolições; decapagem; movimento de terras; arquitetura; pavimentações; estabilidade e estruturas; drenagem de águas pluviais e arranjo paisagístico.

Todos os materiais que serão usados nesta obra terão que obedecer a determinados requisitos como resistência mecânica e estabilidade; segurança em caso de incêndio; higiene, saúde e meio ambiente; segurança de utilização; proteção contra o ruído e poupança de energia e isolamento térmico. Daí que, no caderno de encargos, é feita a referência ao facto dos materiais usados terem selo certificado da CE.

Demolições
O projeto prevê a possibilidade de um abate pontual de árvores. Mas, antes disso, será necessário fazer uma triagem em obra das árvores referenciadas para abate, incluindo, sempre que possível, valorização por reciclagem. É permitido o abate pontual de algumas árvores e elementos existentes que criem entrave a implementação de qualquer elemento relacionado com a proposta do projeto de arquitetura.

No entanto, a câmara alerta que “as árvores em conflito com o traçado da Ecovia serão devidamente assinaladas para abate, com o cuidado de verificar se a espécie em causa está protegida” e as árvores assinaladas para abate carecem de prévia autorização da Fiscalização e, caso se verifique alguma espécie protegida, o passadiço terá de ser pontualmente desviado para salvaguarda das espécies”.

A limpeza total de elementos de natureza vegetal, tais como arbustos, sebes e árvores com diâmetro do tronco inferior a 10 centímetros (medido a 1,20m do solo) é outra das medidas preconizadas.

Balizas
Ao longo de todo o percurso da Ecovia serão implementadas balizas, na margem Norte, em intervalos regulares de 30 em 30 m sempre que a sinuosidade do percurso assim o exija, de forma a que o utente possa visualizar pelo menos uma baliza na sua frente e uma baliza no percurso já percorrido. Em situações em que o percurso seja mais retilíneo estes elementos poderão ser espaçados de 70 em 70 m.

Sempre que o “canal” da ecovia seja interrompido por caminho rural, via municipal ou estrada nacional, deverá ser implementado uma baliza de cada lado do percurso, caso não existam barreiras automóveis, que já contêm indicações de percurso.

A montagem das balizas deverá ser realizada de forma tradicional, com a cravação de estacas ou abertura de negativos sobre terreno normal sem pedra nem rocha. Os trabalhos devem ser executados em terreno pré-preparado e livre de lamas.

Passadiço
O passadiço será todo em madeira quer em zonas de rocha sã, rocha degradada e zonas não rochosas.
Passadiço formado por peças de madeira maciça de pinho silvestre, tratada em autoclave de cor natural, com estrutura de assentamento, com prumos enterrados (cravados) no solo, e ou fixos com acessórios em aço galvanizado, com guarda corpos em tábuas de madeira de pinho tratada, com piso antiderrapante, em Deck, em pinho silvestre de cor standard.

Deverá iniciar-se a construção do pavimento pela execução da estrutura de madeira e a colocação das réguas de deck, devem ser instaladas com um pequeno ângulo de inclinação para um melhor escoamento de água. As réguas terão o comprimento igual à largura do passadiço, sendo apenas usadas tábuas inteiras.

Ecovia Cávado e Homem
No quadro da estratégia definida pelo Programa de Ciclovias para o território da CIM Cávado, a Ecovia Cávado e Homem representa uma infraestrutura âncora e estratégica na medida em que, para além de ser integradora de todo o território, apela à promoção de um conjunto muito vasto de investimentos que potenciam o aumento da qualidade de vida das pessoas que vivem nos 6 concelhos e o crescimento económico e turístico de todo o território.

Esta Ecovia será constituída por 2 troços. O primeiro com a extensão de 55 km ligará a Ecovia Litoral Norte, em Esposende a Goães, no concelho de Amares. A segunda, a Ecovia do Rio Homem, terá a extensão de 20 km e ligará a Ecovia do Cávado a Moimenta, no concelho de Terras de Bouro e onde está inserido o troço agora a concurso público.

Quando estes 2 eixos estiverem concretizados, ficarão ligadas por ciclovias as duas áreas protegidas do Cávado – o Parque, o Parque Natural Litoral Norte (PNLN) em Esposende, e as portas do Parque Nacional Peneda Gerês (PNPG).

Em Terras de Bouro, o troço que liga Moimenta a Gondoriz já foi inaugurado, compreendendo uma extensão total de 1,4 km a que se junta mais 0,7 Km de ligação ao parque da Vila, ao longo da margem esquerda do rio Homem.

O troço agora a concurso irá ligar a este já existente, ficando Terras de Bouro com, praticamente concluído, todo o trajeto no interior do concelho da Ecovia do Homem.

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