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Município de Vila Verde e Associação Jurídica de Braga prestaram homenagem a “um dos maiores vultos no país”

Numa noite de emoções intensas, o Município de Vila Verde e a Associação Jurídica de Braga prestaram homenagem póstuma a João Lobo, o “distinto advogado, escritor, professor e parlamentar”, reconhecido publicamente como “um dos maiores vultos no país em diferentes áreas, da justiça, à política, literatura e docência”.

“É um dos nossos maiores. Temos de o manter vivo, sempre presente, entre nós. É nosso dever e obrigação. Continuará, para sempre, a ser uma referência para todos”, desafiou a presidente da Câmara de Vila Verde, Júlia Rodrigues Fernandes, adiantando que o Município vai continuar a promover iniciativas para perpetuar o legado de João Lobo.

Deputados à Assembleia da República e ao Parlamento Europeu, juízes, causídicos, autarcas, dirigentes associativos e representantes de diferentes instituições encheram o Salão Nobre do Município, onde os familiares de João Lobo – incluindo a esposa e os filhos – fizeram questão de partilhar e agradecer o tributo.

“Um Homem bom, generoso, solidário e amigo, com um papel notável em diferentes domínios, que nunca pediu nada para si”, assinalou Júlia Rodrigues Fernandes, na cerimónia realizada esta sexta-feira e que assinalou a data de aniversário natalício de João Lobo, que foi presidente da Assembleia Municipal de Vila Verde durante 17 anos.

O presidente da Associação Jurídica de Braga, José Estelita Mendonça, fez questão de lembrar o falecimento de João Lobo, a 17 de dezembro de 2021, após o seu último ato público, numa palestra de evocação do Prof. Machado Vilela, patrono da Biblioteca Municipal de Vila Verde.

“Vila Verde é uma terra de nascimento de grandes vultos no país em diferentes áreas, da justiça, à política, literatura e docência”, atestou o juiz Estelita Mendonça, elencando as “qualidades humanas e profissionais” do “distinto advogado, escritor, professor e parlamentar”.

A “perda irreparável” de “um dos principais expoentes do Minho” foi assumida também pelo Bastonário da Ordem dos Advogados, Luís Menezes Leitão, que confessou o “fascínio” pela obra literária de João Lobo, destacando “a elevação” do causídico e a vivência dos “casos judiciais como casos da vida das pessoas”.

Numa cerimónia com diferentes momentos de arte e cultura inspiradas em João Lobo, o editor Fernando Pereira expôs os aspetos da vida e da obra literária do homenageado – “um homem que viveu integralmente voltado para os outros, partilhando a sua solidariedade, experiências e palavras de estímulo, sempre com um sorriso”.

“Trouxe-nos uma mensagem, correu intensamente e morreu, mas venceu a morte”, assegurou o editor da obra de João Lobo, referindo-se ao legado que permanecerá e ao qual será “exclusivamente dedicado” o Boletim Municipal de Vila Verde que está a ser preparado para dezembro – conforme avançou Júlia Rodrigues Fernandes.

Numa intervenção emotiva, a presidente da Câmara partilhou também as experiências especialmente vividas ao assumir a apresentação da última obra publicada de João Lobo, “O Livro de Elisa”, dedicada à sua neta Elisa e de onde foram extraídos textos apresentados em palco pelo Grupo de Teatro VerdeEmCena, da Escola Secundária de Vila Verde, com coordenação da professora Ana Cristina Oliveira e do ator residente João Ventura.

O final ficou ainda marcado por uma declaração do filho de João Lobo, assumindo o agradecimento público da família ao tributo prestado, numa cerimónia que contou com momentos musicais interpretados pela soprano Rita Duarte e pelo pianista João Bastos, da Academia de Música de Vila Verde, assim como pela declamação de poemas por alunos do Agrupamento de Escolas de Vila Verde – Samuel Malheiro e Joana Cruz, com acompanhamento musical na guitarra de Patrícia Coelho.

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